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Aprendizagem em memórias

Psicopedagogia e a História do Tocador/Cantador

Mudar a forma de ensinar transforma Ambientes de Aprendizagens

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Já na cidade grande, Psicopedagogia manteve a tradição de fazer passeios. Algo que estranhou foi o fato de não darem muito “bom dia”, era uma correria sem parar. Carros buzinando, pessoas com “tampões” coloridos nos ouvidos… Ela até gostou deles, e passando em frente a uma vitrine viu um desses “tampões”! Entrou na loja, deu bom dia e perguntou o preço dos “tampões de ouvido”. O atendente começou a gargalhar e perguntou o que Psicopedagogia queria. “Tampões de Ouvido?” “Sim!” Ele respondeu que não tinha este tipo de coisa naquela loja, mas apontando em direção à vitrine disse: “Este aqui!” Mais gargalhadas soaram do atendente e ele explicou que não eram tampões de ouvido, mas sim “fones de ouvido” onde as pessoas conectavam o Bluetooth para ouvirem seus aplicativos de música. Psicopedagogia ficou intrigada e pediu para que colocasse um destes em suas orelhas para ver o que acontecia. O atendente assim o fez, e a música saiu límpida e clara, e embora assustada, Psicopedagogia resolveu levar um daqueles. Ela também aprendeu a usar o celular, aquilo que via as pessoas ao seu redor carregando nas mãos por onde caminhava. Lá foi Psicopedagogia alegre com seu “tampão de ouvido” ouvindo músicas, era um aprendizado diário por tantas novas coisas que descobriu na cidade grande. Tudo muito lindo!

Ao entardecer, dirigiu-se à praça que estivera no encontro anterior para ver se encontrava o Tocador/Cantador. E não é que ele estava naquela praça! Violão na mão, chapéu no chão e música que brotava do coração com muita alegria. Poemas recitados em forma de canto, com rimas, versos, e algo que chamara a atenção era o fato de que tudo o que o Tocador/Cantador fazia, era feito com muita dedicação.

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Esperou a música final, se aproximou do rapaz e perguntou quem ele realmente era. Ele logo respondeu com uma sonora frase, “eu sou um artista”! Sorrindo, Psicopedagogia falou da alegria em ter ouvido as belas canções, e logo encantou-se com a história de vida daquele rapaz, o que agora será descrito como “O Artista”.

O artista nasceu em um pequeno vilarejo em uma cidade do interior daquele grande reino chamado “Cidade Grande”. Frequentou ambientes de aprendizagem, mas tinha muita dificuldade com os números, os cálculos, os desenhos, os vértices… E sempre após a aula ele ficava “de castigo” para fazer os exercícios que ficavam para trás durante os encontros de aprendizagem. Era um sofrimento diário, não tinha vontade de voltar no outro dia, pois, sempre ficava por último nos conteúdos de números e estava desistindo de aprender. Certo dia, se encontrou com um professor que começou a ensinar para o Artista, sempre cantando. Os encontros nem pareciam de aprendizagens, mais se comparavam a “aulas de música”. Da tabuada aos desenhos geométricos, tudo era cantado e o Artista ficou “encantado”. Era mais ou menos assim: dois vezes um dois, subindo um tom, dois vezes dois quatro, subindo meio tom, dois vezes três seis, subindo mais um tom, dois vezes quatro oito… e assim eram todos os encontros.

Como “aquele professor” era temporário, certo dia o Artista chegou no ambiente de aprendizagem e não encontrou mais o professor cantador. Foi uma grande decepção! Sentado em seu local de costume viu entrar o antigo professor, que logo disse que a primeira coisa que fariam naquela aula seria uma prova! “Uma prova?” Todos perguntaram quase que em um só coro. “Sim!!! Estão surdos?”, gritou. O Artista baixou a cabeça e começou a ter muito, muito medo…

Quando a prova foi colocada sobre a sua carteira, ele a olhou e não via os números, mas sim “ouvia canções”, lindas e belas na voz do professor Cantador. Sorrindo, iniciou a prova cantarolando em sua cabeça as tabuadas, os desenhos e as soluções das perguntas surgiam em sua mente e alegremente escrevia cada uma delas. Prova encerrada e entregue. O Artista não teve mais medo e participou da aula atentamente e o melhor, não ficou após o encerramento do encontro para “fazer as atividades pendentes”, fizera tudo juntamente com os outros colegas.

No outro dia, o Artista voltou para o Ambiente de Aprendizagem e o professor da sala foi entrando e perguntando o que tinha acontecido porque a maioria das respostas da prova dele estavam certas… O Artista respondeu que algo diferente havia mudado em sua forma de ver os números, e se calou.

Aos finais de tarde resolveu fazer músicas com tudo o que via ao seu redor, árvores, pássaros, Cidade Grande, dormindo… Foi então que pensou: “Se em tudo “ouço música”, porque não ser um Artista Tocador/Cantador?” E seu estilo de vida e aprendizagem mudou completamente.

Hoje, cada vez que Psicopedagogia encontra alguém que está com alguma dificuldade nos números, ela se lembra do Tocador/Cantador e de sua história e procura orientar que mudar a forma de ensinar transforma Ambientes de Aprendizagens de locais que transmitem medo para ambientes que transmitem felicidade. Dois vezes um dois… cante!

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