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Aprendizagem em memórias

Psicopedagogia, Maria e Ana!

Semelhantes e diferentes, mas no fundo uma só…

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|Foto: Arquivo/Portal Rondon|
Providência

Psicopedagogia estava sentada sobre um tronco de uma árvore próximo a um riacho, quando viu duas meninas passarem, a Maria e a Ana. A Psicopedagogia ficou observando-as caminhar e resolveu acompanhá-las com o olhar, fazendo uma “leitura” das duas. Percebeu que Maria olhava o céu, se abaixava para pegar “pedrinhas” a margem no rio, parava perto de uma flor e acariciava gentilmente, se avistava um pássaro ficava olhando e sorrindo com o canto, enfim, havia uma “conexão” com o transcendente. Abria os braços e parecia querer abraçar a natureza. Desviou o seu olhar para Ana. Esta era mais impulsiva, corria as margens do rio, gritava “vem Maria” e ao ver pássaros no chão, ia em direção a eles e “dava gargalhadas” ao vê-los fugir rápido alçando voo, sua conexão era com o “realizar seus desejos”.

Quando estavam mais perto, Psicopedagogia foi em direção a elas, sorridente como sempre e logo começou a falar e dizer seu nome, e que estava ali apreciando a natureza. Mal terminou de falar, Maria logo começou dizendo “eu amo a natureza”, ficar sintonizado, olhar para o céu, sentir o vento no corpo, refletir sobre a vida e buscar caminhos de conexão com o Transcendente. Ana logo interrompeu: besteira Maria! O “negócio” é correr, saltar, pular, voar, sorrir, brincar, viver intensamente. De repente, Psicopedagogia percebeu que Maria e Ana eram gêmeas. Não havia prestado atenção neste fato, porque ambas usavam roupas diferentes, como as mães gostam de vestir filhos gêmeos e falou: vocês são gêmeas! Ana logo disse: só por fora, por dentro somos muito diferentes. Maria retrucou, claro que não somos semelhantes com visões de mundo que são vivenciadas de acordo com o nosso olhar e o desejo do coração.

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Psicopedagogia continuou a conversa e perguntou se elas participavam de algum Ambiente de Aprendizagem. Maria, neste caso, iniciou a resposta dizendo que sim, que amava ler, estudar, escrever, refletir, conversar, participar de roda de amigos. Ana deu continuidade a conversa dizendo que no Ambiente de Aprendizagem onde frequentava, o que mais ela gostava era a “hora do intervalo”, quando podia correr, saltar, pular, dar altas gargalhadas, e que a aventura era a sua “disciplina” favorita, ir em busca de seus sonhos! Neste instante, Maria interrompeu e disse que precisavam ir, pois já estavam bastante tempo fora de casa e que os pais poderiam estar preocupados e não queria deixá-los assim. Ana falou que queria dar só mais uma corrida! Está bem, mas é a última e será em direção a nossa casa. Saíram, inclusive de mãos dadas, gêmeas, mas com visões de mundo bem definidas.

Após a ida das meninas, Maria e Ana, Psicopedagogia ficou pensando como estas gêmeas eram tão semelhantes e tão diferentes ao mesmo tempo. Foi quando percebeu que o Ambiente de Aprendizagem interfere no processo de desenvolvimento do eu interior de cada estudante. Maria reflexiva, Ana impulsiva. Maria e a natureza, Ana e a beleza. Maria e a busca da conexão com o mundo, Ana e a vivência de seus sonhos no mundo. Tão semelhantes, e tão diferentes.

O Ambiente de Aprendizagem é o instrumento pelo qual o ser pode crescer ou pode simplesmente envelhecer. Crescer desejando a conexão com o universo, crescer desejando desfrutar do universo. Ambos podem conviver, mas o que não deveria acontecer é no Ambiente de Aprendizagem, não ser permitido sonhar, seja com o transcendente, seja conviver com o habitat do transcendente. E Psicopedagogia concluiu dizendo, na verdade Maria e Ana, gêmeas, são uma só.

Retornando ao local perto do rio, percebeu que Maria e Ana lá estavam novamente. Psicopedagogia as chamou, elas olharam, chegaram perto e rindo perguntaram como ela estava ao que respondeu, “bem”. Conversaram mais um pouco e ao irem embora Psicopedagogia disse “Tchau Mariana”! Elas olharam sorriram, deram as mãos mais uma vez e disseram: gostei! Maria e Ana, gêmeas, semelhantes e diferentes, mas no fundo uma só, Mariana!

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