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Aprendizagem em memórias

Conhecendo uma família especial com uma criança especial

Psicopedagogia encontrou uma criança com o nome de Down, na praia

Publicado

em

Prefeitura Dengue Março 2024

Hospedada em casa de parentes na praia, Psicopedagogia amava andar na beira do mar assim que o dia amanhecia. Pisava com os pés descalços na areia e os sentia afundar, não muito, mas era uma sensação que ela chamava de “boa”. Arrastava seus pés pelas ondas que chegavam na praia, era uma água gelada e bem salgada. Isto, para Psicopedagogia, era novidade.

Continuando sua caminhada, não demorou muito e logo os usuários da praia começaram a chegar. As barraquinhas de venda de sucos, bebidas, salgados que ali chamavam de “quiosques” iniciavam suas atividades bem cedo. “Que nome engraçado para uma ‘vendinha'”, pensou Psicopedagogia. Gritando pela praia e empurrando umas caixas quadradas com rodas, vinham os vendedores de picolés, O picolé era um objeto em forma de tablete com um palitinho nele preso, era gelado e tinha vários sabores. Sempre que encontrava um vendedor de picolé, já pedia um da fruta que lembrava o seu Reino: limão. Psicopedagogia adorava picolé de limão.

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As famílias chegavam à praia trazendo cadeiras dobráveis, não eram bancos ou cadeiras semelhantes às do Reino, elas fechavam e abriam, eram bem diferentes e possuíam tecidos coloridos. Uma destas famílias chamou a atenção de Psicopedagogia. Duas crianças estavam junto da família, e uma delas lhe parecia “familiar”. Ficou observando e resolveu arriscar e chegar perto para começar uma conversa. Foi chegando, chegando e quando a criança viu Psicopedagogia abriu um largo sorriso, disse “oi” e correu para dar um abraço. Bem, o sorriso foi recíproco e os pais da criança também sorriram e disseram: ela gosta de sorrir e de abraçar. Foi quando Psicopedagogia mencionou que de onde viera, do Reino Encantado, haviam crianças assim e uma delas possuía o nome de Down. Os pais sorriram e exclamaram: “Que coincidência! É o mesmo nome de nosso filho!” E Psicopedagogia perguntou se eles tinham “parentes” no Reino Encantado. Eles responderam que, na verdade, eles sabiam da existência de muitos parentes e onde moravam mesmo haviam vários da linhagem “Down”. “Que interessante!”, exclamou Psicopedagogia. “No Reino de onde vim, já ajudei pessoas com esta característica, mas parece que esta “linhagem” existe em muitos lugares”. “Sim!”, exclamaram os pais. “E tem mais, muito mais. Já viajei por outros países e sempre encontro pessoas desta linhagem. Não são raros, são muitos e o que de melhor existe é o sorriso, o abraço e o carinho que sempre querem oferecer aos que estão próximos deles”.

Psicopedagogia sabia que havia em seu Reino pessoas que no início “não gostavam muito” de terem filhos da linhagem Down, mas depois, com apoio e ajuda, perceberam que esta linhagem “dava vida” a muitas famílias por causa de seu “jeito de ser”, alegre, brincalhão e afetivo. Então, Psicopedagogia perguntou: “Vocês são felizes tendo a criança Down ao lado de vocês?” “Mas que pergunta!”, exclamou o casal. “É claro que sim! Quando soubemos da “linhagem especial” para nós foi um presente. Sabíamos que tínhamos sido escolhidos para sermos pais de pessoas felizes, sorridentes e amáveis”. Psicopedagogia, então, despediu-se da família e continuou sua caminhada e pensou como é bom quando existe felicidade na vida daqueles que aprenderam a agradecer por todas as coisas que surgem em seu viver. Na verdade, é uma “lição de vida” e esta lição havia sido aprendida por mais pessoas fora do seu Reino Encantado.

Psicopedagogia voltou para sua casa onde estava hospedada e bem feliz porque aquele dia foi maravilhoso. Encontrou uma família especial, uma criança especial e o seu dia havia sido especial. E que assim sejam todos os dias do novo ano que iniciou!

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