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Aprendizagem em memórias

Famílias se revoltam contra Psicopedagogia

Você concordou ou discordou da cartilha apresentada na semana passada?

Publicado

em

ARTE: Mariana Helfenstein Rosa/ Portal Rondon
Rui Barbosa

Você não sabe o que aconteceu! Quando Psicopedagogia escreveu a Cartilha sobre Transtorno de Aprendizagem Familiar; dicas sobre Liberdade com Responsabilidade e Autonomia com Compaixão, deu “no que falar”! Praticamente houve uma “divisão” no Reino. Uns diziam que ela estava certa outros diziam que não. Eram um absurdo “aquelas dicas”. Psicopedagogia ficou triste com o que aconteceu e resolveu fazer uma “pesquisa”. Queria verificar qual teria sido o problema para dar tanta repercussão. E ela encontrou… Aí vai a história.

Psicopedagogia gosta de conversar, e muito! Gosta de ajudar, e muito! Gosta de ver as pessoas progredirem nos Ambientes de Aprendizagem, e muito! Então, durante uma semana, focou em um só objetivo: descobrir a raiz do problema da “divisão do reino” quanto a Cartilha escrita por ela.

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Levantando-se cedo em plena segunda-feira, Psicopedagogia montou em seu cavalo e foi “passear” pelo Reino. Na verdade, ela estava com seu caderno de anotações e quando encontrava algum súdito real parava e perguntava sobre o que achara da “Cartilha”. E quando a resposta era boa ou muito boa, dizia, mas por qual motivo? E as respostas eram várias, do tipo “Isto é verdade! Eu agia assim, mas depois da cartilha mudei”, ou ainda “Não conhecia estas coisas e passei a usá-las e deu certo lá em casa”. Psicopedagogia saia toda feliz com as respostas.

Continuando a cavalgar pelo reino, encontrou um grupo de súditos conversando justamente sobre a “Cartilha”. Estavam exaltados, falando alto, gesticulando e o que ela mais ouvia era “Como Psicopedagogia pode escrever isto”! E os ânimos estavam descontrolados. Psicopedagogia parou junto ao grupo e o silêncio reinou no local. Desceu do cavalo sentou-se junto a roda e fez a mesma pergunta da sua pesquisa: “O que vocês acharam da Cartilha?” Nem um som se ouviu. Ela repetiu a pergunta e um súdito muito acanhado disse que não conseguia entender o motivo dele ser “culpado” pela maneira do filho agir do jeito que agia sempre com entusiasmo, curiosidade, autonomia e liberdade. Isto deveria ser elogiado e não criticado! E todos juntos naquele local concordaram unanimemente.

Psicopedagogia sorriu e contou a história de um homem que teve dois filhos. O primeiro era ordeiro, metódico e cumpria com os seus deveres. Estudava, arrumava a cama, colocava as roupas utilizadas no cesto de roupa suja, dormia cedo para não prejudicar o sono, enfim era tido no Ambiente de Aprendizagem como um aluno que sabia o que queria e para onde queria ir. Mas já o outro… bem o outro era o contrário do filho anterior. Não queria nada com nada, sempre “matava” aulas, era respondão, dizia que tinha plena liberdade, e o pior, dava um trabalho no Ambiente de Aprendizagem porque não queria estudar. E Psicopedagogia perguntou ao grupo onde estava: qual dos dois precisa ser chamado a responsabilidade para mudar o comportamento? Ah, ninguém duvidou em responder que era o segundo filho. E ela continuou, e de quem é a culpa dele ser assim? Houve um silêncio. Se entreolharam e disseram que a culpa era dos pais. Imediatamente Psicopedagogia respondeu com um sonoro Não! Não? “Como assim?”, perguntou o grupo. Os pais não são “culpados”, eles são “responsáveis” por ajudar os filhos a melhorarem em seu viver pessoal para que possam desde cedo serem responsabilizados por suas decisões. E se despediu e saiu.

Enquanto Psicopedagogia se afastava do grupo calmamente em seu cavalo, ela escutou alguns dizerem que agora entendiam o que a “Cartilha” queria dizer. Não era para “culpar” os pais, mas para que eles pudessem “responsabilizar” os filhos de todos os seus comportamentos. E sendo responsáveis pelos filhos, caberia aos pais cuidar deles para que aprendesse a tomarem sempre boas decisões no transcorrer da vida.

Depois de retornar ao Castelo, Psicopedagogia concluiu que muitos pais não corrigem seus filhos porque não querem perder suas amizades, carinho e respeito. E é justamente ao contrário, quando não se orienta e responsabiliza os filhos sobre Liberdade com Responsabilidade e Autonomia com Compaixão, abre-se uma porta para a escuridão. Cada passo pode trazer “machucados” profundos. Os pais são luz para que os filhos não caminhem na escuridão. O Reino voltou a ter paz porque a Cartilha só descrevia verdades sobre responsabilidades entre pais e filhos. Fiquei pensando, será que eu sou um pai responsável? Somente eu posso responder a esta questão.

D Marquez
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