Fale com a gente
Tic Tac

Aprendizagem em memórias

Eu achei que estava certo

Erros e acertos fazem parte do ambiente de aprendizagem, gritos e rispidez atrapalham o desenvolvimento

Publicado

em

FOTO: Ilustração/Portal Rondon
Academia Meu Espaço

Uma das grandes dificuldades no Reino Encantado e Mágico da Psicopedagogia é a expressão “eu achei que estava certo!”. A certeza de que “aquele jeito” é o melhor, por vezes dificulta em muito que a pessoa que possui dificuldades de aprendizagem alcance vôos maiores em várias áreas e principalmente na Educação. Olhe o caso que Psicopedagogia encontrou.

A alegria maior de Psicopedagogia é caminhar pelo Reino conversando com quem encontra, e sempre pronta a ouvir com quem deseja “falar”. E foi assim que descobriu um homem que achava estar certo, mas na verdade cometera um engano. Foi assim:

Family Pets

Marcelo era trabalhador, consciente de seus deveres e amava imensamente sua esposa Cláudia. Tiveram uma linda criança após se prepararem adequadamente como Marcelo entendia que deveria ser. Namoraram, noivaram, fizeram um “pé de meia” e depois de 5 anos noivos, conseguiram dar entrada na sua casa. Cláudia possuía o seu carro e Marcelo uma motocicleta. Conquistaram a “sua casa linda” com dois quartos, um para eles e o outro para o bebê que almejavam ter. Então, se casaram. Foi uma linda festa, vários amigos participaram, a alegria era imensa. Depois de dois anos casados disseram que “agora” era a hora de pensar em ter uma alegria especial a mais em seu lar. Cláudia engravidou e tiveram Zola. Linda, bochechudinha, olhinhos castanhos e o cabelo cacheadinho que Cláudia não cansava de se admirar e pentear.

Marcelo e Cláudia tinham suas atividades de trabalho e Zola ficaria na creche, depois foi para a Educação Infantil. Na sequência, para o Ensino Fundamental I e, então, Marcelo percebeu que Zola tinha “dificuldades de aprendizagem”. Ele se tornou um Pai ríspido, falava alto com Zola, que ficava cada vez mais “encolhida” com medo. Apesar dela se esforçar, não alcançava o que Marcelo desejava: uma filha muito inteligente.

Cláudia sofria com tudo isto e pensava que se ajudasse a Zola nos estudos ela “se daria bem”. Mas isto não acontecia do jeito que Marcelo desejava, e as brigas entre o casal tiveram início… Por sorte, encontraram Psicopedagogia no Reino Encantado. Vendo ambos desolados e tristes, Psicopedagogia perguntou o que acontecia… Marcelo foi logo falando que eles tinham uma filha, a Zola, e que ela era “burra”, não aprendia as coisas direito. Psicopedagogia logo replicou dizendo que não existe alguém “burro”. “Para uns o aprendizado é de um jeito e para outros, de outro jeito”, Psicopedagogia explicou. O casal pediu que ela falasse mais sobre este pensamento.

Psicopedagogia passou a explicar que a dificuldade de aprendizagem pode estar relacionada com inúmeros fatores, tais como: a metodologia utilizada para o ensino, os métodos pedagógicos, o ambiente físico e até mesmo motivos relacionadas com o próprio aluno e seu contexto de vida. E ela não perdeu tempo e perguntou: “Vocês gritam com a Zola quando estão querendo que ela aprenda?” Cláudia olhou para Marcelo e sussurrou que sim. Marcelo ficou vermelho e disse que se não fosse assim ela não aprenderia. Psicopedagogia nem concordou e nem discordou, mas disse que “gritar”, embora pareça estar certo, pode não ser o melhor caminho. Logo, Cláudia disse: “E não é! A Zola não quer nem mais ir para a Escola porque sabe que quando voltar começarão as “sessões de gritaria” por não ter aprendido”.

Psicopedagogia informou que as dificuldades de aprendizagem existem, mas ela iria ajudar a Zola nestas questões escolares. O que mais Zola amou em Psicopedagogia foi a sua voz “tranquila”, a paciência em escutá-la, e o sorriso. Quando errava, Psicopedagogia perguntava à Zola sorrindo, “Tem certeza?” e Zola dava gargalhada, dizia que “não” e que ia olhar novamente, e acertava.

Erros e acertos fazem parte do ambiente de aprendizagem, gritos e rispidez atrapalham o desenvolvimento. Marcelo e Cláudia aprenderam que eles “achavam que estavam certos”, mas, na verdade, não foi assim. Psicopedagogia sempre diz que “querer o melhor nem sempre é fazer o melhor”. Para finalizar, Zola voltou a aprender, Marcelo parou de gritar e Cláudia se apaixonou mais ainda por sua família. Eles continuam felizes e Zola aprendendo.

Tic Tac
Continue Lendo

Doce Arte
Doce Arte