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Psicopedagogia na Festa Junina

Todos somos inclusos, quando não excluímos a todos!

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FOTO: Arquivo/Portal Rondon
Djenifer Becker Osteopata

Era sábado a noite o dia do encontro da Festa do Arraiá que Psicopedagogia recebeu convite para participar. Se trajou de acordo com o “figurino” e foi em direção ao local da festa. Muitos participantes chegando, pais, mães, filhos, avós, netos, tios, sobrinhos, era tanta gente que nem se dava conta de contar. A parentada estava toda reunida, cada um com seu traje mais elegante possível (de acordo com a festa junina). Uma família chamou a sua atenção. Eles embora todos de acordo com a festa não participavam junto com a grande maioria, ficavam andando pelo local da festa, mais observando e comendo alguma coisa. As vezes um cachorro quente, um pastel, um algodão doce, pinhão, churrasquinho, pamonha, curau, milho verde, enfim, o que tinha para comer eles participavam. E para beber, o quentão “sem álcool” porque haviam muitas crianças participando do grande encontro festivo. Depois de algum tempo observando resolveu chegar próximo à família. E deu um boa noite, que foi recebido com um sorriso, mas não com uma resposta. Psicopedagogia estranhou e falou novamente “boa noite”, e recebeu um ruído de som com um gesto apontando para o ouvido e um sinal negativo logo em seguida. Então, Psicopedagogia entendeu que se encontrava diante de uma família de surdos, e como sempre estava preparada para todas as situações que vivenciava, logo “sacou” da sua bolsa de memória a Linguagem de Sinais e fez o sinal de boa noite! Eles sorriram, responderam na Linguagem de Sinais e logo perguntaram onde aprendera a Língua, se conhecia muitas pessoas surdas e onde ela trabalhava… Calma, calma expressou Psicopedagogia com gestos! Bem a conversa então fluiu.

A família morava no interior e somente vinham ao vilarejo principal quando havia algum convite especial como este da Festa Junina. Toda família tinha a necessidade no que diz respeito a audição, mas isto não impedia que fossem felizes em tudo o que faziam. E no Ambiente de Aprendizagem, como era com os filhos? O semblante dos pais ficou entristecido. Logo se queixaram de que por terem filhos com necessidades no que diz respeito a audição, eram deixados de lado, e as crianças sofriam muito, até mesmo porque as pessoas se afastavam achando que poderia ser uma “doença” contagiosa que fez com que houvesse a surdez na família. Terminou a festa, a família se despediu, abraçando Psicopedagogia e agradecendo porque nesta festa eles tiveram com quem conversar e falar muitas coisas que gostariam de ter expressado.

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Indo para sua residência, Psicopedagogia foi analisando o encontro e pensativa murmurou: por quais motivos as pessoas insistem em realizar a exclusão de pessoas por serem diferentes? E ela mesmo respondeu: falta de conhecimento. No dia a dia, muitas estruturas de necessidades especiais são mantidas “afastadas” porque as pessoas desconhecem do que realmente se trata, e acabam por agir de acordo com o que “ouviram falar”.

Se cada pessoa compreendesse que alguém com uma necessidade especial, seja ela qual for, é alguém com sentimento, emoções e acima de tudo, um ser humano comprometido com a vida, se rejeitaria menos e se acolheria mais.

Psicopedagogia resolveu então fazer uma visita no Ambiente de Aprendizagem onde àquelas crianças participavam e descobriu que havia uma falta de profissional adequado ao acolhimento daquelas crianças no contexto da inclusão. E pode realizar uma série de atendimentos para elas onde obteve sucesso no fortalecimento emocional e acima de tudo na questão de que entendessem que a aprendizagem não tem comprometimento por causa da ausência da fala ou da audição, mas com a pessoa e o desejo de querer aprender “apesar de” e não “por causa de”.

Todos somos inclusos, quando não excluímos a todos!

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