A força do afeto diante de um TDA

Psicopedagogia é extremamente afetiva, ela é assim. Compreende que, com os seus súditos, é fundamental essa atitude para o desenvolvimento de habilidades e competências no processo do Ambiente da Aprendizagem. E, durante os passeios pelo Reino, encontrou-se com um adolescente com fisionomia aparentando estar zangado. Vou contar a história.

O Reino da Psicopedagogia é encantado porque tudo é mágico para que todos possam viver mais felizes e assim tem acontecido até nos dias de hoje. Caminhando pelo Reino, e Psicopedagogia “adora” caminhar, deparou-se com um adolescente sentado um pouco distante da vila principal do Ambiente da Aprendizagem. Com o seu olhar atento, foi a ele e deu um “oi sorridente”. Ele olhou para ela e continuou com a cabeça baixa. Bem, ela não poderia deixar um súdito infeliz e logo começou a conversar se apresentando e dizendo que para ela “todos” do Reino são importantes. A resposta veio, menos eu, ninguém gosta de mim, e o motivo é simples, eu sou “burro”! Com esta frase, Psicopedagogia pediu para que ele explicasse melhor o que queria dizer.

O adolescente informou à Psicopedagogia que o seu “apelido” era zangado, e continuou. Os colegas no Ambiente de Aprendizagem riam dele desde que era pequeno por causa de suas dificuldades em aprender. Os seus pais diziam que havia, na família, um parente distante que vivenciou a mesma coisa e não deram muita “bola” para as suas queixas. Já, Psicopedagogia ficou atenta ao que ele falava e pediu que contasse mais sobre estas experiências. E ele continuou dizendo que sua história era de lágrimas. Enquanto “todos” riam dele, ele chorava por causa de todos, e para conseguir “viver”, se tornou uma pessoa zangada com todos para não mais sofrer e foi então que seu apelido por onde passava era zangado!

Quem vivencia um TDA (Transtorno de Déficit de Aprendizagem) precisa de muito afeto, carinho… e Psicopedagogia compreende isto muito bem. Ao perceber que um de seus súditos vivenciava algum TDA, imediatamente, apresentava o afeto no convívio com aquele súdito. Este, contribui em muito para que o desenvolvimento do que convive com o Transtorno possa “se aceitar” e viver melhor.

Psicopedagogia não teve dúvida. Disse ao “adolescente zangado” que iria no Ambiente de Aprendizagem onde ele participava e iria ter uma “conversa séria” com os participantes daquele espaço. O adolescente apenas “deu de ombros” por acreditar que de nada adiantaria.

No outro dia, procurou onde zangado participava do ambiente de aprendizagem e lá chegando (zangado não estava), pediu licença ao coordenador do ambiente para dirigir algumas palavras aos presentes. E a frase que mais causou impacto na vida de todos ali foi: “Triste ou alegre, concentrado ou não, disperso ou apático, eu e você precisamos de afeto a todo instante”. Os participantes perguntaram o motivo desta necessidade e Psicopedagogia com semblante carinhoso disse que sem afeto não há Ambiente de Aprendizagem que faça a diferença na vida de todos que dele participam. Quando se é amado, a oportunidade de desenvolvimento e crescimento pessoal se amplia por causa da palavra aceitação. E me sentindo aceito por todos ao redor, fico alegre com tudo que faço e com todos ao meu redor. Psicopedagogia foi embora.

Passados alguns dias, Psicopedagogia estava sentada próximo a uma das fontes do Reino localizada na praça oeste do reino quando recebeu um grande e apertado abraço. Ao se virar, viu que era zangado, mas ele sorria! E falou, Psicopedagogia você não sabe o que aconteceu! Quando retornei ao Ambiente de Aprendizagem, os participantes agora sorriem para mim e dizem senta aqui comigo, vamos estudar juntos…, agora é sempre assim. Me sinto amado por eles e como comecei a sorrir mais, o meu apelido de zangado mudou para sorridente. Psicopedagogia com olhar de afeto, sorriu e o abraçou e disse a ele: seja feliz sorrindo sempre!

A todo instante existem no Reino súditos que precisam de afeto e Psicopedagogia colocou várias placas no Reino onde está escrito: dê afeto, receba afeto e viva feliz. Desculpem, tenho que encerrar a história porque chegou gente que precisa de afeto.