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Aprendizagem em memórias

Para quieta, criança!

Hiperatividade não parava um minuto quieta, andava, corria, falava, se mexia, cutucava e ria, ria muito

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em

Gramado Presentes

No Reino Encantado da Psicopedagogia se recita um provérbio antigo que diz: “Você parece que tem bicho carpinteiro, não para o dia inteiro…”. Assim era um súdito real. Não parava um minuto quieto, andava, corria, falava, se mexia, cutucava e ria, ria muito…

Psicopedagogia não achava “normal”, em comparação com outros do Reino, uma pessoa que não parava o tempo todo…, mas ela encontrou um súdito assim. Vou contar a história.

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Andar pelos jardins do Reino Encantado, conhecer novos lugares, pessoas, cachoeiras, rios, matas, enfim, tudo o que não fosse do seu conhecimento, Psicopedagogia queria descobrir. Certa vez, à beira de um rio calmo e tranquilo, viu uma criança que jogava pedra no rio, uma após outra. Jogava e corria de volta, jogava e corria de volta incessantemente. Intrigada, Psicopedagogia chamou a criança e perguntou: “qual o seu nome?”. “Hiperatividade”, respondeu a criança. “Observei que você não para!”. “Sim!!!! Lá em casa eu sou a “mais ligada”, quero conhecer e saber de tudo. Faço várias coisas ao mesmo tempo, e no final do dia estou exausta”. “Hum…”, disse Psicopedagogia. “Então, ao final do dia, aprendeu bastante!” “Não,”, disse Hiperatividade. “Fim do dia me sinto cansada e nem lembro das coisas com as quais brinquei ou vi, ou mexi”. Para Psicopedagogia foi um espanto, uma pessoa tão “curiosa” com energia e ao final do dia diz que está “só cansada”! Tem algo aí, pensou Psicopedagogia. A conversa continuou. “O que acontece para que se sinta tão cansada?” “Ah, não sei”, respondeu Hiperatividade. “Sou desatenta. Na escola não sou boa aluna, tenho dificuldades com a leitura e atividades de casa, aff… que chato!” Psicopedagogia perguntou se já havia procurado ajuda… e ela disse que na família sempre teve alguém assim… “Creio que aprendi com minha avó, ela não parava…”

Depois do encontro, Psicopedagogia foi para sua casa e começou a pensar em um modo de ajudar a Hiperatividade. Voltando ao riacho, viu a criança novamente e disse que gostaria de “brincar” com ela. Hiperatividade logo “topou” e achou o máximo! E Psicopedagogia começou a brincadeira. Primeiro vamos brincar de “fazer na semana”. Você me diz e eu escrevo o que você faz todos os dias. A criança foi falando e Psicopedagogia escrevendo. Agora, você vai ler pra mim dia a dia deste “fazer na semana”. Ela leu rapidamente e Psicopedagogia pediu para que relesse um pouco mais devagar, sem sentir-se cansada… e assim ela fez. Outro dia brincaram de “coisas boas”. Psicopedagogia disse para que falasse cinco coisas boas que aconteceu na semana. Ela disse, bem na segunda-feira foi isto, na terça aquilo e completou a semana. Quando terminou, Psicopedagogia falou em voz alta: parabéns! Você é muito capaz de realizar coisas que trazem felicidade. E semana após semana Psicopedagogia trazia uma “brincadeira” nova e sempre que encontrava Hiperatividade junto a outras crianças ficava observando para valorizar todo o comportamento positivo que possuía. Assim, ela percebeu que muitas outras crianças viram a diferença no comportamento de Hiperatividade e com isto arrumou novos amigos.

De vez em quando, Hiperatividade dá umas “escorregadas”, mas agora ela já consegue se perceber melhor e ela mesma refletindo seu comportamento, vai a cada dia sendo mais feliz. Hiperatividade perguntou para Psicopedagogia: “Tem mais amigos no Reino Encantado que eu possa brincar e conhecer?”. “Sim…”, respondeu! “Logo lhe apresentarei outros”, Psicopedagogia sorriu!

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