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Acho que ninguém gosta de mim

O dia 21 de março é uma data para alertar a pais e responsáveis de que vale a pena investir em crianças com Síndrome de Down

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FOTO: Arquivo/Portal Rondon
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Pela manhã, bem cedinho, o “hobby” de Psicopedagogia é caminhar pelos locais onde está morando… Ainda na Cidade Grande, manteve a tradição. Assim que se levantou, resolveu caminhar em um bosque próximo a sua moradia e após um tempo sentou-se num dos bancos do bosque e observou a linda manhã. De repente, ouviu um choro sentido de alguém que estava próximo, mas escondido. Procurando entre os arbustos achou uma linda garotinha com olhos amendoados, uma característica de quem possui “Síndrome de Down”. Chamava-se Janete. Psicopedagogia perguntou o motivo de se esconder e do choro. A criança respondeu que se escondia porque entendera que não era importante para a maioria das pessoas. Preocupada com a situação, Psicopedagogia começou a falar que, além dela ser importante, ela e todos os outros que tinham olhos amendoados tinham uma data que se comemorava e contou a história.

Desde o ano de 2012, a data de 21 de março é celebrada como o “Dia da Síndrome de Down”. Pelo motivo de que o “cromossomo 21” tem uma trissomia (três). Aí a data 21.03. Em 1886, John Langdon Down, pediatra inglês, que atuava no Hospital John Hopkins em Londres em uma enfermaria para pessoas com deficiência intelectual, encontrou a Síndrome. Se referiu a ela como sendo um “Quadro Clínico com Identidade Própria”. No ano de 1958, o francês Jérôme Lejeune e a inglesa Pat Jacobs descobriram a origem cromossômica da síndrome, que passou a ser considerada genética. E Psicopedagogia ressaltou que o que Janete possui não era uma “doença”, mas sim uma condição genética inerente a pessoa.

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Janete ficou ouvindo atentamente Psicopedagogia e fez uma pergunta.

– Mas eu sou diferente dos outros, isto é bom ou é ruim?

– Bem… – respondeu Psicopedagogia – Não é bom e nem ruim, porque pessoas com “olhos amendoados” têm muita coisa em comum com os que não têm. E mais: possuem os mesmos direitos e necessidades sociais e emocionais que qualquer pessoa.

Mas, Janete insistiu que achava que não gostavam dela porque ela era “diferente”. Com seu “jeitinho” pessoal, Psicopedagogia fez uma pergunta contrária.

– Você é diferente ou as pessoas que são diferentes de você?

Janete passou um tempo pensando na pergunta e de repente começou a sorrir.

– É verdade, os outros é que são diferentes de mim!

A pergunta que Psicopedagogia fez para Janete, faz compreender que muitas vezes as pessoas acabam possuindo uma autoimagem não adequada de si mesmo por quererem sempre “se comparar” aos outros, achando que são menos. E não é verdade! A ideia de ser único, no sentido de exclusivo, é uma característica de “todo o ser humano”. Uma impressão digital para cada pessoa ao redor do mundo já é o começo da exclusividade.

Quando os pais possuem um filho com Síndrome de Down é preciso que, ao se perceber a questão, busque um acompanhamento mais pontual em relação a criança. Precisará de cuidados especiais? Sim, mas isto não a faz inferior aos outros. Toda criança necessita de estímulos para seu desenvolvimento e com a portadora da Síndrome de Down não é diferente. Estimular para desenvolver é o que os pais fazem com todos os seus filhos.

O dia 21 de março é uma data para alertar a pais e responsáveis de que vale a pena investir em crianças com estas características, como em qualquer outra.

Há celebridades com Síndrome de Down. Cacai Bauer com 23 anos é a primeira youtuber brasileira com Síndrome de Down. Fernanda Honorato, é a primeira repórter com síndrome de Down do Brasil, participando no Programa Especial da TV Brasil desde 2006. Dudu do Cavaco, é o primeiro brasileiro com Síndrome de Down a gravar um CD. Maria de Orleans e Bragança, tataraneta da princesa Isabel, é a única brasileira entre as 37 princesas da família real a ter o cromossomo extra que causa a Síndrome de Down. Já lançou dois livros e está a trabalhar no terceiro exemplar. E há muito mais!

Psicopedagogia faz um “alerta” para que todo 21.03 haja uma consciência de que é possível vencer qualquer dificuldade com ajuda e apoio familiar. Afinal, como diz Dudu do Cavaco, “Devemos lutar pelos nossos sonhos e colocar muito amor em nossas ações”.

Janete passou a se sentir importante e percebeu que amar é uma forma de se importar. Lembre-se sempre disto!

D Marquez
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