Aprendizagem em memórias
Quantos antes melhor – Coragem para mudar
Acredite no potencial do seu filho, sempre
No novo encontro com João e Maria, Psicopedagogia os colocou em frente ao espelho e perguntou sobre o que viam. E após a página do medo ter sido virada, apareceu a página da “coragem”. “O que é isto?”, perguntou João e Maria. “É a página da Coragem”, respondeu Psicopedagogia. “Coragem? Mas nós somos corajosos! Não tenho medo de nada, passo correndo em frente aos carros, ando na “Montanha Russa”. “O que é isto?”, perguntou, Psicopedagogia. “É um carrinho que sobe e desce, faz piruetas e anda muito rápido”. “Ah… tô fora!”, respondeu Psicopedagogia e começou a rir, agora ela já estava até acostumada com o “vocabulário” da cidade grande.
“João, Maria, olhem para o espelho… No que faltou coragem a vocês?”, Psicopedagogia disse. Eles olharam e viram uma cena que chamou a atenção. O professor conversando com eles disse que o filho não iria conseguir ir “muito longe” nos estudos, porque havia um quadro de “déficit de aprendizagem”. E na cena, apenas abaixaram a cabeça e saíram do local tristonhos. Faltou coragem para dialogar com “aquele professor”. Maria olhando para João disse: “No que erramos? Você é tão forte e corajoso para tantas coisas, e não tivemos coragem para tratar desse assunto”. O casal olha para Psicopedagogia e pergunta qual o motivo deste acontecido… A coragem para mudar está muito ligada a forma como foram ensinados. Frases como, “não questione os mais velhos”, “com professor não se discute”, “o que lhe mandarem fazer, faça”, dentre tantas outras, “bloqueiam” a coragem.
A grande dificuldade de ter coragem para mudar não está no fato das frases recebidas durante a infância, mas a maneira como se lida com tais frases. A medida que aprende, alcança maturidade e vem com o tempo, mas dependendo do “tempo” nem vem por faltar coragem para “amadurecer”. Psicopedagogia, então, começou a relatar os passos para que a maturidade ocorra e a coragem para mudar seja instalada.
Primeiro Passo – A vida é um palco de emoções. A primeira que conversamos foi sobre o medo. Lembram que escrevemos sobre ele no encontro anterior? Então, tem a raiva, mágoa, tristeza e a cada emoção um novo momento surge e aí se instala o segundo passo para a coragem. Observem bem!
Segundo Passo – Decisão. O que fazer com a circunstância em que se está envolvido? Recuar ou Avançar? Se recuo, perco algo; se avanço, perco também; e se nada faço, também perco. O que fazer? Toda decisão requer “análise da situação”. Qual será o “menos prejudicial”? “Que coisa complicada!”, falaram João e Maria. “Complicada, sim”, respondeu Psicopedagogia, “mas tem solução, chama-se “Risco”.” João sacou uma caneta do bolso e perguntou: “Onde risco?” Psicopedagogia gostou da “coragem” de João, mas sorriu e disse que não era este “risco”, mas correr um risco. Fazer algo de forma consciente sabendo que pode dar certo ou errado. “Hum…” murmuraram João e Maria.
Psicopedagogia resolveu dar um exemplo. “O semáforo. Alguns chamam de sinal… está fechado para você passar, não vem carro e você está com pressa. Você corre pela rua a fora ou espera o sinal abrir para você passar?” “Eu saio correndo”, respondeu Maria. “Então você correu um risco. Ao atravessar a rua com o sinal aberto, mesmo não vindo carro, você arriscou… e é isto que o segundo passo precisa fazer. Para cada decisão se faz necessário um risco e este vem com a coragem para mudar”.
João e Maria ficaram olhando um para o outro e pensaram que havia faltado neles, naquele dia na frente do professor, correr o risco para ajudar o seu filho. De repente João levantou-se da cadeira e falou em alta voz: “Nunca mais, nunca mais deixarei de lutar pelos direitos do meu filho! Ele pode até ter um “déficit de aprendizagem”, mas tem potencialidades”.
Acredite no potencial do seu filho, sempre!