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Psicoterapia Integral

Álcool e festa infantil: combinação imperfeita

Que possamos, com prudência e responsabilidade, lidar com as crianças

Publicado

em

Rui Barbosa

Mais do que uma preocupação… Precisamos fazer um alerta. A realidade em nossa volta pode parecer insignificante com relação ao assunto que queremos abordar. No entanto, só parece. Realmente, é utilidade pública falarmos sobre o consumo de bebidas diante de crianças e vulneráveis. Introduzir novos hábitos à nossa cultura de maneira responsável se faz necessário. Orientar e indicar o caminho é nosso dever.

Um dos fatos mais fantásticos com relação às crianças é que elas estão em processo de aprendizagem e formação constante. Isso não significa que elas são uma folha em branco… Ao contrário, existe um processo de construção de conhecimento, geralmente ligado aquilo que elas percebem da vida dos adultos.

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No nosso contexto cultural o alcoolismo é muito forte. As festas e reuniões familiares são regadas a bebidas e o universo do alcoolismo coexiste com o universo das crianças. Elas crescem nesse meio, e muitas vezes são geradas de pais que tinham a prática de consumir bebida alcoólica. De igual forma é muito comum aniversários infantis, serem muito mais voltados para os adultos, que levam suas crianças, do que para as crianças de fato. É visto como “normal”, ter uma “cervejinha” em festas infantis.

Claro que cada um precisa saber seu limite e sua maneira de ser, mas está comprovado que as crianças aprendem mais pelos exemplos dos adultos do que pelo seu discurso.

IMAGEM ILUSTRATIVA|Mariana Helfenstein Rosa

O versículo Bíblico que está acima diz que se ensinarmos a criança em um caminho, direção, com certeza ela saberá como andar, e quando for velho continuará andando nesse caminho.

Isso serve para elementos positivos e saudáveis como também para elementos negativos e insalubres.

É fato que filhos de pais que consomem bebidas alcoólicas têm de 4 a 8 vezes mais chance de se tornarem alcoólatras do que filhos de pais abstêmios ao álcool;

O consumo de bebida alcoólica é a porta de entrada de outros vícios. Por ser um vício cultural e familiar, está inserido dentro das casas;

Consumir bebida alcoólica muitas vezes está ligado com a afirmação da masculinidade: ”Homens bebem”. Ainda que esse pensamento seja retrógrado, inconscientemente ele é vigente;

Crianças de pais que consomem bebidas alcoólicas têm a tendência de terem baixos rendimentos acadêmicos. Isso porque a falta de supervisão nas tarefas e acompanhamento escolar na primeira infância se torna deficitário. Uma vez que o ensino na primeira infância seja negligenciado a base comum necessária para o ensino que se segue fica comprometido;

Crianças de pais que consomem bebidas alcoólicas estão vulneráveis a maiores perigos. Grande parte dos acidentes de trânsito são causados por uma combinação fatal: bebida e voltante;

O consumo de bebida alcoólica é responsável pela crise financeira em muitas famílias. A Crise financeira pode trazer consequências como: má nutrição, falta de elementos básicos para a vida, bem como separação e falência financeira;

O consumo de bebida alcoólica é a causa de muitas intrigas familiares e brigas entre parentes, principalmente em festas e confraternizações. Lembrem-se, geralmente nesses eventos, onde familiares se encontram, o alcoolismo traz à tona diferenças pessoais, que em um contexto de sobriedade não estariam em evidência.

Existe uma cultura “gourmet” de fabricação artesanal de bebidas. Essa cultura tem um lado positivo, do resgate de receitas e culturas, contudo é preciso ter cautela. Da mesma maneira, o apelo das propagandas de bebida são regados de imagens fantasiosas de uma falsa felicidade.

A solução real passa pela conscientização pessoal e sacrifício individual de cada pessoa. É preciso sabermos o que é legal e conveniente em um ambiente infantil. Precisamos lembrar que as crianças não são apenas o nosso futuro como também são a nossa continuidade. Que possamos, com prudência e responsabilidade, lidar com elas em todos os níveis.

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D Marquez
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