Açúcar: analista vê sinais de fadiga

O preço do açúcar em NY sofreu enorme queda nos contratos futuros com vencimentos mais curtos, de acordo com informações divulgadas por Arnaldo Luiz Correa, que é consultor, palestrante, técnico para arbitragens e professor de gestão de risco em commodities agrícolas. Estes fatores estão indicando que os fundos realizaram lucros liquidando uma parcela das posições compradas. 

“Pela pressão observada também no spread outubro/21-março/22, os detentores de posições compradas de açúcar no mercado físico não têm interesse em ficar com o açúcar (sem destino?) e devem contribuir para uma entrega volumosa do produto na expiração do contrato outubro/21 que ocorre em 3 semanas. Dependendo do volume, a contaminação nas cotações que vencem em seguida é inevitável”, comenta ele, em seu perfil no LinkedIn. 

Nesse cenário, o contrato com vencimento para outubro/21 encerrou a semana cotado a 18.84 centavos de dólar por libra-peso, o que significa uma queda 78 pontos na semana de quatro dias reduzida pelo feriado americano da segunda-feira. “Um encolhimento de 17 dólares por tonelada foi acompanhado igualmente pelo vencimento março/22 (que encerrou a 19.56 centavos de dólar por libra-peso) e pelo maio/22 (14 dólares por tonelada de queda, encerrando a semana a 19.11 centavos de dólar por libra-peso)”, completa. 

“Os fundos, pelos números publicados pelo CFTC (Commodity Futures Trading Commission), agência independente do governo dos Estados Unidos, que regula os mercados de futuros e opções das commodities, com base na terça-feira, reduziram a posição em 7,150 lotes, mas com a queda de sexta-feira, esse número certamente foi bem maior”, conclui.