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Agronegócio

Hortas montadas em telhados de casas ajudam famílias pobres e incentivam alimentação saudável

No projeto ‘Telhado Eco Produtivo: semeando novos horizontes’, alimentos são cultivados em cima de casarões antigos do Bairro de São José, no Centro do Recife. São 400 metros quadrados de canteiros

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|Foto: Reprodução/TV Globo|
Velho Oeste

Um projeto realizado no Centro do Recife está levando comida saudável para a mesa de famílias pobres, que moram em comunidades da cidade. Com canteiros montados em telhados de casas, os moradores plantam o que comem e, assim, têm ajuda para enfrentar a insegurança alimentar agravada pela pandemia de Covid-19.

As hortas são cultivadas em cima de casarões antigos do Bairro de São José. São 400 metros quadrados de canteiros com verduras, legumes e temperos orgânicos.

Dr Guilherme Dentista

O projeto “Telhado Eco produtivo: semeando novos horizontes” beneficia 100 jovens e crianças, na Comunidade dos Pequenos Profetas.

Uma vez por semana, mães que têm filhos no projeto vão aos canteiros para levar o alimento para casa. Com a iniciativa, além de alimentar a família, as mulheres aprendem como cultivar alimentos com as próprias mãos, além da importância da alimentação saudável.

“Eu levo tudo o que plantamos aqui na horta. Alface, cebolinho, coentro. Já é uma força, é uma salada massa que a gente põe na mesa de casa”, afirma a diarista Ana Izabela de Lima, uma das participantes do projeto.

O projeto se multiplicou. No pequeno quintal da dona de casa Edjane Nicácio dos Santos, coberto de cimento, as plantas sobem as paredes em canos e garrafas de refrigerante. Ela ensinou até o marido, o pedreiro Rerinaldo Noronha, a cultivar o próprio alimento.

“Já colhi tomate, pimentão. Já colhi muito. Ajuda muito, e é uma delícia. Na hora que a gente está preparando [a comida] o cheiro sobe, tão gostoso”, declarou a dona de casa.

As sementes são plantadas pelos jovens que participam do projeto. As mães ficam responsáveis pela colheita. Segundo Demétrius Demetrio, fundador da iniciativa, os jovens passam a gostar de alimentos que não tinham costume de ingerir.

“Nesse momento de pandemia no país, é necessário, porque ele dá acessibilidade à boa alimentação. Infelizmente, nós voltamos para o Mapa da Fome. Então, é uma pobreza muito grande. A pandemia trouxe isso”, afirmou.

A dona de casa Josélia Pereira da Silva vive numa palafita sobre o Rio Capibaribe. Sem terra para viver e muito menos plantar, a alternativa foi a horta suspensa, comas garrafas de plástico.

“Tem hora em que a gente quer ter o dinheiro para comprar um coentro, alguma coisa, e não tem condições. Com a horta dentro de casa, a gente pode tirar para fazer as coisas. Hoje, eu colhi o coentro para colocar no feijão. É bom, eu gostei. Vou cuidar com carinho”, declarou.

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