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Uruguai doa milhares de doses de vacina contra Covid-19 ao Paraguai

Doze mil doses de imunizante da AstraZeneca chegam nesta sexta ao país que está com maior mortalidade do mundo e taxas muito baixas de vacinação. Governo paraguaio é alvo de fortes críticas por sua condução da pandemia; mais de 40% das vacinas que chegaram ao país até agora vieram por doações.

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Médicos atendem pacientes com Covid-19 na UTI do Hospital das Clínicas, em San Lorenzo, no Paraguai, em foto de 14 de junho — Foto: Daniel Duarte/AFP
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O Ministério da Saúde do Paraguai anunciou que está recebendo nesta sexta-feira (18) uma doação de 12 mil doses de vacina da AstraZeneca do Uruguai.

Apesar de comemorada, a notícia também foi recebida com críticas, que se acumulam as já recebidas pelo presidente paraguaio Mario Abdo Benítez por sua gestão na pandemia de Covid-19.

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Uma das maiores reclamações é o baixo número de vacinas compradas pelo governo. Das 1.131.000 doses já adquiridas pelo Paraguai, 472.600 (mais de 40%) chegaram através de doações – sem incluir as 12 mil desta sexta.

O país comprou até momento 658.400 doses de vacinas através do mecanismo Covax, do Fundo Russo de Inversão Direta e dos Emirados Árabes.

Além disso, recebeu como doações 20 mil doses de Coronavac do Chile, 200 mil de Covaxin da índia, 3 mil de Sinopharm dos Emirados Árabes, 99.600 de Moderna, do Catar, e 150 mil doses de AstraZeneca do México.

Segundo números oficiais, 475 mil pessoas receberam a primeira dose, o equivalente a 6,7% da população que deve ser imunizada. A meta é chegar a 30% até dezembro, e a 75% da população, em 2023.

Já o Uruguai iniciou em 9 de junho a vacinação de adolescentes entre 12 e 17 anos com a vacina da Pfizer, sendo o primeiro país latino-americano a fazê-lo.

Pior momento

Atualmente, o Paraguai vive seu pior momento na pandemia, também com falta de leitos e oxigênio para pacientes graves. Em alguns hospitais, pacientes têm sido rejeitados nos últimos dias, segundo disse à agência France Presse a doutora Fátima Ovando, chefe do Departamento de Controle de Infecções do Hospital das Clínicas.

Com uma população de 7,3 milhões de pessoas, o país acumula quase 11 mil mortes por Covid-19 e cerca de 400 mil casos. Nas últimas duas semanas, tem sido o país com a maior mortalidade do mundo, com uma taxa de 24,79 óbitos a cada 100 mil habitantes, segundo um balanço feito pela AFP com base em números oficiais.

Os mais de 750 leitos de terapia intensiva do país estão ocupados. Além disso, cerca de 200 pacientes em estado delicado convalescem em salas comuns e até em corredores de hospitais, aguardando a liberação de uma vaga na Unidade de Tratamento Intensivo. Entre 30% e 40% dos pacientes de UTI não resistem e morrem.

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