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Regional de Saúde de Toledo atinge lotação máxima de leitos de UTI, aponta Sesa

Conforme dados da Sesa, nesta segunda-feira (24), 17 pacientes graves aguardam por leitos de UTI e 24 por vagas na enfermaria. Falta de leitos livres é registrada há cinco dias, segundo a regional.

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A 20ª Regional de Saúde de Toledo, no oeste do Paraná, atingiu ocupação máxima, nesta segunda-feira (24), nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da ala Covid-19, conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Conforme a direção da regional, essa lotação ocorre há cinco dias seguidos.

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Dos dezoito municípios que fazem parte da regional, quatro têm UTIs para tratamento da Covid-19. No total são 70 vagas, mas os internamentos prologados com complicações da doença têm interferido na rotatividade de pacientes.

Conforme dados Sesa, nesta segunda-feira (24), 17 pacientes graves com a doença aguardam por uma vaga em UTIs e outros 24 por leitos de enfermaria.

De acordo com a secretária de Saúde de Toledo, o pronto atendimento municipal tem mantido os pacientes que aguardam uma vaga de UTI, mas mesmo com toda a estrutura montada no local, não é o tratamento ideal.

Na última semana, a regional bateu o recorde de encaminhamentos de testes da Covid-19 para o Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen). Foram 700 exames em um dia. A maior quantidade até então tinha sido em março.

Para o chefe da 20ª Regional de Saúde a situação das próximas semanas pode ser a mais grave já registrada.

“Nós estamos num cenário diferente, sem leitos se subir. Nós tínhamos folga no números de leitos, o que permitiu que a gente fosse até um certo momento com folga, com exceção de março. Agora em maio está voltando”, disse o chefe da regional, Alberi Locatteli.

A regional informou que tem procurado soluções de atendimento para a população dos 18 municípios.

“Nós estamos buscando novos leitos, mas toda a estrutura é finita, e a gente não trabalha só com Covid. Nós estamos em busca de novos leitos, mas a estrutura está se esgotando, e não se trata só disso, têm profissionais, temos os medicamentos”, contou o chefe.

Colapso na saúde

O médico intensivista Gustavo Leichtweis trabalha nas UTIs da ala Covid-19 em Palotina. Ele disse que os tratamentos de pacientes com a doença têm demorado mais e, por isso, a lotação é inevitável.

“Têm pacientes que chegaram a ficar dois meses internados. Outros ficaram 10 a 12 dias, é uma média alta. A Covid é uma doença que tem um período, mas a gente precisa se preocupar com o pós, as complicações. Fazem insuficiência renal, prolonga o tratamento e aumenta a mortalidade.”

Segundo ele, apesar da situação de colapso, ele viu vários casos de negacionismo da doença no hospital.

“Infelizmente até pacientes que chegaram na UTI falavam que acham que não era grave, que era coisa da mídia, e infelizmente pacientes que evoluíram pra óbito. Isso é triste pra nós, a gente vê que são pessoas que têm conhecimento, mas não aceitam. Muitas vidas vão ser perdidas.”

Com o iminente colapso geral do sistema de saúde, o poder público ainda apela para a conscientização da população.

“É preferível você deixar de ver uma familiar, um amigo agora e ver lá na frente. Não podemos fazer do encontro, o último encontro”, disse o responsável pela regional.

Marechal Cândido Rondon

Segundo o último boletim divulgado no final da tarde de segunda-feira (24), Marechal Rondon tem 265 casos ativos de Covid-19 e 105 pessoas estão aguardando resultado de exame para confirmar ou descartar a doença.

Treze rondonenses estão internados em UTI, doze com o diagnóstico confirmado e exame com resultado positivo e um paciente que está internado aguardando resultado de exame.

Portal Rondon com informações do G1 PR

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