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Menina com autismo consegue autorização para ficar com galo de apoio emocional em hospital durante internação da mãe no PR

Família da garota é de Cascavel, mas cirurgia foi realizada em Curitiba

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Foto: Acervo pessoal
Martin Luther – Enem

A menina Aymee Sophie Soares de Almeida, de 12 anos, diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), conseguiu autorização para ficar com o galo dela, chamado Paçoca, em um hospital de Curitiba, onde a mãe da garota passou por uma cirurgia.

  • Por conta do autismo, a presença do animal garante suporte emocional para Aymee. A autorização foi obtida pela Defensoria Pública do Paraná, que entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde e explicou a situação da menina.
  • “Eu só pego ele quando estou mal, e ele me acalma. Se ele não fica, eu não fico. Ele traz a minha felicidade”, contou Aymee.
  • A família dela mora em Cascavel, no oeste do estado. A mãe, Janete Soares de Almeida, cuida integralmente da filha e realiza costuras de forma autônoma para ajudar na renda mensal.
  • Como não tem com quem deixar Aymee, Janete precisava que a filha acompanhasse ela no hospital durante o período de internação e em uma casa de apoio para a recuperação do procedimento. O galo, consequentemente, teria que ir junto.
  • Um susto, depois o alívio
  • De acordo com a Defensoria Pública, foi preciso a permissão da Casa de Apoio Paraná, onde a mãe se recuperou, para que o animal permanecesse no local, isso porque Janete seria acompanhada pelos médicos antes de retornar para Cascavel.
  • Aymee e Paçoca juntos no hospital: menina conseguiu autorização para ficar com o galo — Foto: Reprodução/Defensoria Pública do Paraná
  • Conforme a Defensoria, a entidade negou o pedido, o que poderia prejudicar a data da cirurgia, agendada para setembro.
  • “Por conta do diagnóstico da Aymee e a necessidade do acompanhamento do Paçoca para o suporte emocional, realizamos ligações e encaminhamos documentos para a Casa de Apoio para que ele pudesse ser acolhido também”, explicou a assessora jurídica da Assessoria de Projetos Especiais da Defensoria, Simone Maia.
  • Viagem de ônibus
  • Em abril deste ano, Aymee teve que pedir outra autorização para viajar ao lado de Paçoca. O pedido foi aceito e ela conseguiu embarcar no ônibus com o animal de estimação.
  • Como tudo começou
  • Há cerca de um ano e meio, a família de Aymee estava em um sítio quando ela se interessou por um pintinho, que estava isolado dos outros. Para a garota, ele estaria sofrendo bullying.
  • Segundo a mãe, a menina se identificou com a situação e nunca mais se separou de Paçoca.
  • Imagens compartilhadas pela família nas redes sociais mostram como a relação dos dois é forte: ele dorme junto com Aymee na cama.
  • “Quando ela está desregulada, sobretudo em público, a primeira coisa que ela pede é o Paçoca. É como se o Paçoca fosse um medicamento instantâneo que ajuda a regular rapidamente. É muito antes e depois dele”, disse Janete.
  • Animais de suporte emocional
  • Segundo a Defensoria Pública, animais de apoio emocional são aqueles que auxiliam pessoas com deficiência porque o afeto entre a pessoa e o animal é capaz de evitar crises.
  • De acordo com a servidora responsável por projetos de inclusão e acessibilidade da Assessoria de Projetos Especiais da Defensoria, Flávia Bandeira Cordeiro, não há lei que formaliza o acompanhamento desses animais.
  • No entanto, ela disse que uma declaração médica relatando que o animal é de suporte emocional pode ajudar na conscientização dos espaços por onde a pessoa circula.
  • “Esse vínculo que a pessoa cria pode evitar que ela entre em crise e em surtos, porque o animal pelo qual foi criado esse afeto é capaz de trazer regulação emocional”, afirmou.

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