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Dilceu Sperafico fala sobre os países mais pobres do mundo e o sofrimento da população

Zimbábue, da África, aparece em 1º lugar, seguido da Venezuela

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Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, de Baltimore, Maryland, nos Estados Unidos, divulgaram no final de maio deste ano o mais recente levantamento da instituição denominado Índice de Miséria, relativo ao ano de 2022, levando em consideração fatores como desemprego, fome, inflação, variação do Produto Interno Bruto (PIB) per capita, entre outros. No estudo, Zimbábue, da África, apareceu em 1º lugar, seguido da Venezuela, da América Latina, que foi a 2ª colocada, entre as nações mais pobres do planeta.

Outros países latino-americanos que ficaram entre os 15 piores na lastimável classificação, foram a Argentina, 6ª colocada; Cuba, em 9º lugar; e Haiti, em 12º. No caso argentino, segundo os especialistas, o fator principal da miséria foi a elevação da inflação, que atinge a renda e o poder de compra da população mais pobre.

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Também apareceram na triste relação de países mais pobres a Ucrânia e Turquia. A Ucrânia, devastada pela guerra contra a Rússia, apareceu na 8ª colocação, com o desemprego de quase 20% da população adulta, fator apontado por especialistas como o maior complicador da situação econômica no mundo ao longo do ano passado. A Turquia ficou em 10º lugar, também devido à inflação elevada. 

Já a escassez da maioria dos produtos de consumo, emigração recorde e inflação descontrolada, impuseram à Cuba a maior crise desde o fim da União Soviética, hoje Rússia. Cuba, ainda aprisionada pelo regime ditatorial, viveu nos últimos anos sua maior crise desde a queda daquela que foi sua maior parceira no cenário internacional, no caso a extinta União Soviética. Desde a pandemia de Covid-19, em 2020, o país sofre com a escassez de medicamentos, combustíveis e alimentos, além da alta inflação e deterioração de serviços públicos essenciais.

Em fevereiro deste ano, informações oficiais do Banco Central de Cuba (BCC), davam conta que a inflação anual no país havia atingido 44,5%. Esse percentual, no entanto, pode ser ainda maior, devido à falta de transparência nas informações repassadas pelo governo local. No seu levantamento, a Universidade Johns Hopkins apontou Cuba liderando regionalmente lista de países pobres que incluía Haiti, Guatemala e Jamaica, como nação mais miserável da América Central e Caribe.

No levantamento de maio último, a instituição norte-americana apontou que a inflação de Cuba estaria atingindo cerca de 87% ao ano, porcentagem bem maior que o divulgado pelos governantes cubanos, colocando o país entre os 10 de maior inflação no mundo. A alta inflação em Cuba é resultado direto da expansão monetária que o regime local vem implantando desde janeiro de 2021, quando unificou as duas moedas que circulavam no país, no caso o peso cubano e o peso conversível. A medida tinha como objetivo simplificar o sistema cambial e estimular a economia, mas acabou gerando desvalorização do peso cubano e o aumento do custo de vida.

Com a alta inflação cubana aumentando a pobreza no país, de acordo com relatório anual do Observatório Cubano de Direitos Humanos de 2022, cerca de 72% dos cidadãos cubanos vivem na extrema pobreza. Segundo os dados, 54% da população se alimenta de forma inadequada e os produtos adquiridos como cesta básica só garantem a subsistência das famílias 10 dias por mês, o que se reflete na emigração em massa de cubanos para outros países, especialmente os Estados Unidos, atingindo 200 mil pessoas em 2022.

*O autor é deputado federal pelo Paraná e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado

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