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Seis paranaenses são mortos e têm corpos queimados em Santa Catarina

Por conta das condições das vítimas, a identificação só será possível por exames de DNA

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Carro onde os corpos foram carbonizados sendo levado até a delegacia em Joinville — Foto: Walter Quevedo/NSC TV
Rui Barbosa

Tudo começou na noite de sábado (07), após uma discussão em frente à uma residência localizada no Bairro Morro do Meio, zona Oeste de Joinville.

Uma das vítimas teria discutido com um homem e foi dado início a uma série de crimes que chocaram a cidade e mobilizaram as forças policiais. Há boatos de que a discussão foi por causa de uma mulher.

Dr Rodrigo Dentista

Segundo informado, as vítimas eram de Palmas e União da Vitória, no Paraná.

Após a discussão, aproximadamente 20 pessoas invadiram a residência e espancaram os 10 homens que moravam lá.

Os criminosos sequestraram as vítimas e as levaram para uma região de mata onde atearam fogo em um carro com ao menos seis pessoas dentro, já na madrugada de domingo (08).

Delegado Dirceu Silveira Júnior ouve testemunhas durante o domingo (8) – Foto: Adriano Mendes/NDTV
Delegado Dirceu Silveira Júnior ouve testemunhas durante o domingo (8) – Foto: Adriano Mendes/NDTV

“As vítimas eram prestadoras de serviços de uma empresa de roçada. Eram do Paraná e estavam trabalhando em Joinville”, afirmou o delegado Dirceu Silveira Júnior.

No pátio da residência estavam três carros que eram usados pela empresa em que os homens prestavam serviços. Ele trabalhavam em roçadas para uma empresa terceirizada, fazendo limpezas das linhas de energia elétrica. 

Dois carros foram encontrados na Estrada Lagoinhas e o outro na Estrada Serrinha, com os corpos carbonizados.

Moradores da região acionaram a polícia após perceberem que o carro estava queimando.

De acordo com as primeiras informações repassadas pela polícia, três corpos estavam no banco traseiro, um no banco da frente e um no porta-malas.

Carro modelo Fiat Uno onde os corpos foram encontrados no local do crime — Foto: Reprodução
Carro modelo Fiat Uno onde os corpos foram encontrados no local do crime — Foto: Reprodução
Casa onde as vítimas moravam foi totalmente incendiada pelos criminosos — Foto: Reprodução
Casa onde as vítimas moravam foi totalmente incendiada pelos criminosos — Foto: Reprodução

A casa em que os homens moravam também foi incendiada e a Polícia Civil já trabalha nas investigações para identificar e prender os autores do crime.

“Já demos início nas investigações e estamos ouvindo testemunhas para entender de fato o que aconteceu. “É um crime que sai um pouco do que estamos acostumados a trabalhar. O que podemos afirmar é que foi uma retaliação após uma discussão”, concluiu o delegado.

Todos os corpos foram conduzidos para o Instituto Médico Legal (IML) de Joinville e somente um trabalho pericial irá dizer se eles já haviam sido mortos antes ou depois do carro ser incendiado.

Polícia Militar / Divulgação
Polícia Militar / Divulgação

ATUALIZAÇÕES SOBRE A CHACINA

Na noite de segunda-feira (09), a Polícia Militar realizou uma operação no bairro Morro do Meio para “proporcionar a sensação de segurança à população”.

Foram realizadas visitas a comércio, barreiras policiais, varreduras e abordagens a pessoas e a veículos, com o intuito de apreender drogas, armas e pessoas com mandado de prisão ativo. A operação iniciou no domingo (09) e não tem previsão de encerramento.

A Polícia Civil disse que três vítimas sobreviveram ao ataque. Embora os corpos tenham sido encontrados carbonizados, há suspeita de outras agressões.

“As vítimas já foram identificadas. Agora, aguardamos as confirmações das suas identidades por meio dos respectivos laudos periciais”, disse o delegado de polícia e titular da Delegacia de Homicídios de Joinville, Dirceu Augusto Silveira Júnior.

A polícia não acredita que a motivação tenha relação com organizações criminosas. Pois, as vítimas não têm registros criminais.

Dois dos três sobreviventes prestaram depoimento na tarde de segunda-feira (09).

“Nos levaram e parecia que matariam todos nós e iriam mesmo, não teria o que fazer. Só não conseguiram porque o carro estragou, não andava e nos abandonaram”, disse um dos sobreviventes ouvidos.

“Eles já chegaram loucos lá na casa, batendo e puxando armamento e nós ficamos quietos. Estávamos sentados na área e ficamos quietos. Eles entraram e pegaram os piás, bateram muito neles, judiaram bastante. Eles levaram nós três em outro veículo, abandonaram e nós fugimos. Achamos um vizinho e só agradecemos. Eu sinto muito pelos meus companheiros de serviço, amigos, o meu gerente também, mataram ele queimado, nós vimos companheiros degolados dentro de casa também, todo mundo quebrado”, conta.

Por conta das condições das vítimas, a identificação só será possível por exames de DNA. Ao menos seis famílias estiveram na segunda-feira (09) no IML (Instituto Médico Legal) para fornecer material para os testes.

Maria de Alexandre procura pelo filho Marcos Machado, casado e pai de dois filhos de 6 e 8 anos. Além dela, mães, irmãos e esposas de João Mário do Amaral, 29 anos; Ivonei Wendler dos Santos, 25; Daniel Marcolino de Lima, 19; Rivair Amaral Ribeiro, 22, casado e pai de uma criança de 3 anos; Cristiano Souza, 31, casado e pai de duas crianças, estiveram no local.

(Plantão News Joinville/CGN/ G1/ ND Mais/ O Município)

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