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Instituto de Criminalística faz nova perícia sobre a morte de Eduarda Shigematsu

Novo exame foi determinado pela Justiça e atende a um a pedido das defesas de Ricardo Seidi, pai da vítima, e Terezinha Guinaia, avó. Após laudo, julgamento deve ser marcado

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| Foto: Reprodução/RPC|
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Profissionais do Instituto de Criminalística do Paraná fizeram uma nova perícia em imóveis relacionados à morte de Eduarda Shigematsu, em Rolândia, no norte do estado. A menina tinha 11 anos quando foi encontrada enterrada no fundo de uma casa que pertence ao pai dela.

O caso aconteceu em abril de 2019. O pai da vítima, Ricardo Seidi, está preso e é investigado pela morte da filha. O homem nega ter matado Eduarda, mas confessou que enterrou o corpo em um momento de desespero.

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A nova perícia foi determinada pela Justiça e atende a um pedido da defesa dos réus. O trabalho dos peritos foi acompanhado por advogados e pela promotoria de Justiça.

O primeiro local examinado foi a casa onde Eduarda morava com a avó paterna, Terezinha de Jesus Guinaia. A residência foi onde a menina foi assassinada, conforme as investigações da polícia.

A equipe da Polícia Científica fez medições e tirou fotos dentro e fora do imóvel. O local passou por reforma, recentemente.

Depois, os peritos foram até a casa onde morava Ricardo Seidi, onde o corpo de Eduarda foi encontrado enterrado, nos fundos da residência.

A defesa informou que pediu a reconstituição dos fatos para tentar comprovar a tese de que Eduarda teria tirado a própria vida, ou para verificar a possibilidade de outra pessoa ter entrado no local da morte.

A Justiça chegou a deferir o pedido de reconstituição, mas o Instituto de Criminalística se manifestou no processo afirmando que um novo exame de local seria suficiente para atender as dúvidas dos advogados. O argumento foi aceito pelo juiz.

A defesa de Ricardo Seidi disse que vai aguardar a conclusão do laudo e insistirá na reconstituição dos fatos caso a perícia não seja suficiente para sanar todas as dúvidas que envolvem o processo.

O laudo deve ficar pronto em até 45 dias.

Relembre o caso

A criança desapareceu em 24 de abril de 2019, em Rolândia. Quatro dias depois, a Polícia Civil encontrou o corpo enterrado nos fundos de uma casa que pertence ao pai da menina, Ricardo Seidi. O homem foi preso e confessou ter enterrado o corpo após, segundo ele, ter achado a garota morta.

Seidi foi preso por suspeita de ocultação no mesmo dia em que o corpo foi achado. A avó de Eduarda, Terezinha Guinaia, foi presa em 30 de abril suspeita de envolvimento no crime.

Eduarda nasceu quando a mãe dela tinha 16 anos. Jéssica Pires perdeu a guarda da menina logo depois de se separar de Ricardo Seidi.

O advogada da mãe de Eduarda disse que aguarda a realização do julgamento.

Adiamento do julgamento

De acordo com o juiz Alberto José Ludovico, o motivo do adiamento do júri foi o pedido de reconstituição dos fatos requerido pela defesa de Ricardo Seidi.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) e a assistência de acusação foram contra o pedido, alegando que se passou muito tempo desde o crime e que o palco dos acontecimentos sofreu alterações.

Afirmaram ainda que, em vez de esclarecer a verdade, a reconstituição poderá trazer contradições fantasiosas aos fatos e que a medida traria gastos aos cofres do estado. Porém, a Justiça decidiu atender ao pedido, para garantir a plenitude da defesa.

No despacho, o juiz disse que não cabe a ele impedir a reconstituição a pretexto de que a cena do crime não está preservada. Além disso, determinou que a medida se limitará a esclarecer dúvidas técnicas, sob análise de um perito criminal.

O pai de Eduarda será julgado pelos crimes de feminicídio, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.

A avó paterna de Eduarda, Terezinha de Jesus Guinaia, chegou a ficar presa por quase dois meses, recebeu autorização da Justiça e atualmente responde em liberdade. Ela é processada por ocultação de cadáver e falsidade ideológica. A defesa nega a participação dela na morte.

A defesa de Terezinha também apresentou quesitos para serem analisados na reconstituição do crime. Entre eles, está a simulação dos passos da ré no dia da morte da neta.

D Marquez
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