Fale com a gente
Sicredi

Geral

Jogador rondonense, que estava na Ucrânia, conta como ele e outros colegas de equipe fugiram da guerra

O rondonense contou que estavam pelo menos 27 horas acordados

Publicado

em

Rondonense Murilo Maia | FOTO: Reprodução/ Facebook
Providência

O rondonense Murilo Maia, de 23 anos, que é atleta profissional e estava na Ucrânia, contou, na manhã desta sexta-feira (25) para o site Picolo Esporte Notícia como ele e outros colegas de equipe conseguiram sair do País, que está sofrendo com ataques da Rússia pela terra, pelo mar e pelo ar.

“Vim para a Ucrânia buscar um clube, tentar um carreira de futebol”.

Portal Instagram

E de repente, Murilo precisou fugir de um cenário de guerra, assim como milhares de moradores de Kiev, a capital da Ucrânia.

A guerra começou nas primeiras horas de quinta-feira (24) após dias de tensão e ameaças. Vladimir Putin autorizou a operação militar nas regiões separatistas do leste da Ucrânia em pronunciamento pela TV. Ele afirmou que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”.

Moradores começaram a deixar o país da forma com que conseguiam para fugir da invasão russa.

“No momento, a gente acabou de sair da fronteira da Ucrânia. Estamos aqui prestes a entrar na Polônia; Fizemos uma travessia a pé, eu e mais alguns atletas brasileiros. Foi uma travessia um tanto quanto complicada. Atravessamos uns 4 ou 5 km a pé. Conseguimos pegar uma carona daí ficamos das 20h até 13 horas do outro dia esperando de pé na fila”, contou o rondonense.

O trânsito logo ficou congestionado na cidade, especialmente nos corredores de acesso às saídas da capital. Postos começaram a ficar sem combustíveis. Muitas pessoas percorriam supermercados em busca de mantimentos. Outras milhares lotavam estações de ônibus e metrô. Enquanto as explosões e bombas assombravam e matavam soldados e famílias.

Engarrafamentos na cidade de Kiev, capital da Ucrânia — Foto: Emílio Morenatti / AP Photo

“Infelizmente está uma desorganização aqui [na fronteira com a Polônia]. Os soldados não falam inglês, não conseguem situar o pessoal […] Muitas crianças gritando, muitas famílias sendo separadas”, contou Murilo.

Quem consegue escapar, apesar da complicação e do cansaço, agradece.

“Já estamos há 26/27 horas acordados. Estamos muito cansados. Mas no meu caso e para as pessoas que estão aqui comigo deu tudo certo. Fiquem com Deus aí em Marechal, terra boa”, finalizou Murilo.

O encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoly Tkach, confirmou hoje (25), em Brasília, o abatimento de 7 aviões, 6 helicópteros, mais de 30 tanques, 130 veículos blindados e aproximadamente 800 soldados russos.

Este é considerado o maior ataque entre países europeus desde a II Guerra Mundial.

Clube Náutico
Continue Lendo

Doce Arte
Doce Arte