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Estudo revela o que acontece quando uma placa tectônica mergulha sob outra

São esses movimentos que produzem fenômenos como os terremotos e vulcões, bem como cordilheiras arquipélagos

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|Foto: PixaBay|
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Uma nova pesquisa, liderada pela ETH Zurich, revela parte da dinâmica por trás das interações entre placas tectônicas — especificamente, das chamadas áreas de subducção, onde uma placa mergulha embaixo da outra. Será que estes pedaços da crosta terrestre somem quando imersos no caloroso interior da Terra? Em teoria, não, mas eles se tornam fracos e flexíveis. Além disso, o estudo indica que as placas tectônicas modernas só teriam começado a funcionar como conhecemos hoje nos últimos bilhões de anos.

O movimento das placas tectônicas é responsável por transformar a superfície da Terra — um trabalho lento, mas implacável ao longo do tempo. São esses movimentos que produzem fenômenos como os terremotos e vulcões, bem como cordilheiras arquipélagos. No entanto, o mecanismo desses movimentos ainda não é totalmente compreendido. O que acontece quando uma placa desliza para baixo de outra e mergulha no manto terrestre?

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Para avaliar as consequências desse movimento, os pesquisadores utilizaram modelos computacionais 2D de zonas de subducção, programando-os com informações como o comportamento físico dos materiais — por exemplo, como as rochas são formadas sob determinadas condições de pressão e temperatura. Depois, eles observaram os resultados e os compararam com as observações feitas em campo.

Nos modelos, conforme uma placa mergulhava sob outra, a laje (como é conhecida a parte que afunda) se curvava inesperadamente para baixo e se rachava. Essa “dobra” também teria enfraquecido varias partes do inferior da placa, mas mesmo as altas pressões não foram capazes de quebrá-la. Os pesquisadores concluíram que, por não se partir de vez, a placa continua puxando seu restante para o interior da Terra, processo este que pode durar centenas de milhões de anos.

Principais placas tectônicas modernas e seus movimentos (Imagem: Reprodução/Domínio público)

Os pesquisadores também modelaram como este mesmo processo teria acontecido quando, há um bilhão de anos, o interior da Terra era 150 °C mais quente do que é hoje. Nessas condições, a laje se partiu em apenas alguns quilômetros no manto, pois era incapaz de sustentar seu peso em um manto mais quente e, portanto, menos espesso. Ou seja: diferentemente da subducção moderna que pode durar centenas milhões de anos, a mais antiga não passava de alguns milhões de anos.

Com isto, os pesquisadores acreditam que as placas tectônicas modernas só podem ter surgido nos últimos bilhões de anos, mas, sem um registro exato do núcleo da Terra ao longo do tempo, não há como determinar quando as lajes pararam de se quebrar e passaram a mergulhar lentamente para o interior do planeta. Agora, a equipe planeja explora essa dinâmica e sua relação com os terremotos — dessa vez com modelos 3D mais potentes.

A pesquisa foi publicada na revista científica Nature.

Com informações de Space.com / Canal Tech

D Marquez
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