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Agronegócio

Preço do trigo volta a subir

Mesmo com a chegada da colheita em algumas regiões do Paraná, os preços voltaram a subir na esteira do câmbio doméstico

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em

|Foto: PixaBay|
Velho Oeste

Mesmo com a chegada da colheita em algumas regiões do Paraná, os preços voltaram a subir na esteira do câmbio doméstico perdendo valor nas últimas
semanas. Os preços médios pagos pelo produtor no estado do Paraná apresentaram altas de 2,4% em meados de outubro quando comparado ao praticado no final de agosto, alcançando patamares próximos de R$ 90,0/sc. A indústria esteve boa parte dos últimos meses à espera da disponibilidade do trigo a ser colhido. Essa baixa liquidez no mercado se sobrepôs até aos efeitos da fraqueza do câmbio doméstico nas cotações da commodity através do aumento da paridade de importação do trigo externo.

Enquanto na principal praça, o Paraná, a colheita está bastante avançada, no Rio Grande do Sul a maioria das lavouras está em condição de frutificação (45%) e maturação (23%), segundo a EMATER. As chuvas do mês de setembro aliviaram a preocupação nas lavouras gaúchas.  No país vizinho e o nosso principal fornecedor do cereal, a Argentina, as chuvas deram alento na lavoura que já sofria com déficit hídrico, mas há regiões em Santa Fé e Córdoba que seguiram apresentando condições ruins do trigal. Houve também notificações de geadas em algumas regiões, e essas condições adversas na lavoura argentina podem afetar a disponibilidade futura do cereal, embora ainda seja cedo para cravar perdas significativas na oferta. Mesmo assim, esse risco de oferta tem afetado os preços do produto disponível nos portos.

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O cereal está sendo cotado acima de USD 300/t maior nível praticado nos últimos 5 anos.Em Chicago, os preços apresentaram certa volatidade em função do imbróglio logístico que afetou o ritmo das exportações e da divulgação dos estoques americanos aquém do que o mercado esperava. Até a finalização da colheita do trigo de primavera, e o término do plantio do trigo de inverno, que está em ritmo lento nos EUA, é possível que haja volatilidade das cotações na bolsa americana. Contudo, o balanço global mais enxuto do cereal parece deixar pouco espaço para preços abaixo dos que têm sido praticados na bolsa americana.

Esse cenário de volatidade cambial e de preços globais aquecidos pode oferecer janelas de oportunidade para o produtor comercializar parte da produção. Entretanto, conforme o andamento da colheita no Brasil haverá maior disponibilidade no mercado doméstico, o que pode não sustentar preços nos atuais níveis. Mesmo nessa conjuntura favorável, até setembro segundo o DERAL, a comercialização de trigo estava em 11%, bem abaixo dos 29% vistos na safra de 2020. E segundo a CONAB, ainda há cerca de 80% do trigo a ser colhido até o início de outubro.

Para as indústrias, até a chegada de grande parte da colheita, o cenário será desafiador. Porém, A tendência é de preços mais arrefecidos nos próximos meses em função da maior oferta, e cabe a atenção aos momentos oportunos de câmbio e preços internacionais, tanto nas praças locais quanto nos portos
externos.

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