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Covid: Paraná ignora orientação do Ministério da Saúde e confirma vacinação de adolescentes sem comorbidades

Anúncio foi feito pelo governador Ratinho Junior nesta terça-feira (21) após reunião entre governo estadual e secretários municipais de saúde. Vacinação para jovens com comorbidade começa na quinta (23)

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| Foto: Jonathan Campos/AEN|
Velho Oeste

O governador Ratinho Junior anunciou que o Paraná irá vacinar contra a Covid os adolescentes sem comorbidades, ignorando a orientação do Ministério da Saúde. O gestor também confirmou o começo da imunização para adolescentes com comorbidades a partir de quinta-feira (23).

O anúncio foi feito nesta terça-feira (21) após uma reunião entre o governo estadual, o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná (Cosems/PR) e a Associação dos Municípios do Paraná (AMP).

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“Houve essa construção com os municípios do Paraná, todas as cidades, de começar a partir de quinta a vacinação dos adolescentes com comorbidades e, automaticamente, vacinando aqueles com comorbidade passa a vacinar o público em geral”, disse o governador.

No caso dos adolescentes com comorbidades, a campanha será feita em ordem decrescente de idade, começando pelos de 17 anos até chegar aos de 12.

O Paraná também irá aplicar as doses para os adolescentes com deficiências permanentes, gestantes ou que tiveram filho há até 45 dias, indígenas e privados de liberdade.

Veja, abaixo, quais são as comorbidades.

Ainda segundo o governador, a idade de 17 anos foi estabelecida pois é o público com doses garantidas até esta terça. A aplicação será feita exclusivamente com o imunizante da Pfizer.

Para isso, como o Ministério da Saúde ainda não enviou lotes específicos para o público, os municípios devem fazer uso das doses remanescentes da reserva técnica.

Reserva técnica, conforme a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), corresponde a 5% das doses que chegam em todos os lotes e são separadas, ficando guardadas para suprir necessidades em caso de perdas operacionais de vacina.

Apesar disso, o governo estadual ainda reforçou que irá pressionar o Ministério da Saúde para o recebimento de imunizantes destinados especificamente para os adolescentes.

Orientação do Ministério da Saúde

Na reunião desta terça, o governo decidiu que iniciará a imunização de todos os jovens com 17 anos, o que deve acontecer na próxima semana.

Para as demais idades, contudo, a decisão é de que só será dado andamento às faixas etárias inferiores caso o Ministério da Saúde reavalie o posicionamento.

“Esse é o primeiro que nós damos. […] Esperamos que o Ministério da Saúde possa rever essa posição e que nós todos possamos juntos avançar na vacinação de 12 a 17 anos”, falou reforçou Beto Preto, secretário estadual de Saúde.

Ainda neste mês, o ministério recuou e orientou a suspensão da vacinação para adolescentes sem comorbidades. Apesar disso, pelo menos 20 estados e o Distrito Federal mantiveram a campanha.

Em nota técnica, a justificativa foi que a Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomenda a imunização de crianças e adolescentes. A informação contudo não é verdade, uma vez que a orientação da OMS é que a vacina seja aplicada em adolescentes quando a cobertura vacinal estiver alta nos grupos prioritários.

O secretário informou ainda que será feita uma deliberação oficial a ser enviada ao ministro da Saúde Marcelo Queiroga para que a medida seja revista.

Lista de comorbidades

As comorbidades listadas pelo Ministério da Saúde são as seguintes:

  • Diabetes;
  • Pneumopatia crônica grave.
  • Hipertensão Arterial Resistente;
  • Hipertensão Arterial estágio 3;
  • Hipertensão Arterial estágio 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade;
  • Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association;
  • Cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária;
  • Cardiopatia hipertensiva (hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo);
  • Síndromes coronarianas crônicas;
  • Valvopatias;
  • Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática;
  • Doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas;
  • Arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada;
  • Cardiopatias congênitas no adulto com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas; insuficiência cardíaca; arritmias; comprometimento miocárdico;
  • Doença cerebrovascular;
  • Doença renal crônica estágio 3 ou mais e síndrome nefrótica;
  • Imunossuprimidos;
  • Hemoglobinopatias graves;
  • Obesidade mórbida (IMC ≥ 40);
  • Síndrome de down;
  • Cirrose hepática ;
  • Doenças neurológicas crônicas, doença cerebrovascular.

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