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Guedes vê ‘tudo melhorando’ na economia e diz ser possível zerar déficit do orçamento em 2022

Ministro da Economia promete zerar o rombo nas contas do governo desde a campanha presidencial de 2018. Projeções indicam que superávit só será alcançado em 2023 ou 2024

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|Foto: Arquivo|
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira (13) que “está tudo melhorando” na economia brasileira e que, por isso, deve ser possível praticamente zerar o déficit orçamentário em 2022 – se o país manter o ritmo atual de crescimento.

“No pior momento, quando todos diziam que a economia brasileira ia cair, que nós íamos entrar em depressão profunda, que nós não saberíamos lidar com a crise, eu sempre disse que íamos voltar ‘em V’. Agora que o Brasil está crescendo 5% e que reformas estão andando, eu vou ficar pessimista?”, declarou em entrevista à rádio “Jovem Pan”.

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“Não vai ser agora que eu vou ficar pessimista. Agora está tudo melhorando, está tudo melhorando”, prosseguiu Guedes, ao ser questionado sobre as expectativas para 2022.

“Está previsto para o ano que vem, dentro dos parâmetros que nós temos, o déficit poderia praticamente desaparecer no ano que vem, este ano cai para 1,7% [do Produto Interno Bruno], ano que vem estaria em 0,2%, 0,3% [do PIB], se a economia conseguir manter o ritmo de crescimento”, completou.

O déficit primário das contas do governo ocorre quando as despesas superam as receitas com impostos e tributos. Quando acontece o contrário, temos superávit primário. O resultado primário não considera os gastos com o pagamento de juros da dívida pública.

Em 2020, com o forte impacto dos gastos relacionados à pandemia de Covid, o país registrou déficit de quase R$ 743 bilhões – de longe, o pior da série histórica. 

Na Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2022, o governo previu um déficit primário de até R$ 170,4 bilhões, o equivalente a 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB).

O número, contudo, foi calculado considerando um crescimento de 2,5% da economia no ano que vem e deve ser revisto.

A previsão é que o rombo seja reduzido em torno de R$ 70 bilhões, o que ainda deixaria cerca de R$ 100 bilhões de resultado negativo esperado.

O Tesouro Nacional, até o momento, só projeta superávit (contas no azul, com receitas superando as despesas) a partir de 2023 ou 2024. Desde 2014, as contas do governo estão no vermelho.

Promessa antiga

Guedes fala em zerar o déficit primário do governo desde a campanha presidencial de 2018. A promessa era zerar o rombo em 2019, primeiro ano do mandato do governo Bolsonaro. A meta não foi cumprida e o déficit primário registrado naquele ano foi de R$ 95 bilhões.

Em 2020, puxado pelos gastos extras para combater a pandemia e seus efeitos na economia, o déficit foi recorde: R$ 743 bilhões, o equivalente a 10% do PIB.

Para este ano, a previsão é de déficit de R$ 155,4 bilhões no ano – ou 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o terceiro relatório de avaliação de receitas e despesas.

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