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“A PEC 32 é um dos maiores retrocessos. Não é só o servidor que perde, a população também”, diz Fernando Hübner no Diálogos

A entrevista completa está na página do Portal Rondon no Facebook e no Youtube

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Providência

O presidente do Sinsemar – Sindicato dos Servidores Públicos de Marechal Cândido Rondon, Fernando Hübner, participa do Diálogos neste sábado (14).

Natural de Três Passos, Rio Grande do Sul, Fernando Hübner tem 47 anos, é casado com Tatiane Correa Hübner e pai de Felipe.

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Técnico em Contabilidade, graduado Tecnólogo em Gestão Pública pelo Instituto Federal do Paraná e especializado em Políticas Públicas também pelo IFPR, Fernando é servidor público municipal.

No Sinsemar, Fernando exerce o cargo de presidente desde 2009. Também é vice-presidente da Fesmepar (Federação dos Sindicatos de Servidores Públicos Municipais e Estaduais do Paraná) e ainda, diretor executivo da CSPB (Confederação dos Servidores Públicos do Brasil), onde ocupa o cargo de secretário de Assuntos do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário no Estado do Paraná.

“O Sinsemar foi formado em 1990. Foi um dos primeiros sindicatos do Brasil. […] Quando eu assumi o Sinsemar, havia somente 37 associados […] Primeiro precisamos fazer filiações que confiavam no trabalho que o sindicato pode realizar […] Desde então tivemos inúmeras conquistas. O servidor precisa ter um local de amparo. Esse é o dever de todo o sindicato.

O sindicato e o sindicalista não são muito bem recebidos na nossa sociedade. Para alguns, o sindicato só serve para tomar dinheiro dos servidores, entretanto, as conquistas feitas aqui, demonstram outra realidade. Há alguns anos, os sindicatos vêm sendo sistematicamente atacados. Para Fernando, criou-se um descrédito sobre o sindicato.

“O sindicato envolveu muito partido político dentro da sua unidade. Não é a política, a política é fundamental. […] Quando você leva seu partido par ao sindicato, vai desagradar muita gente. […] Estamos passando por um período onde houve derrotas terríveis tanto para os sindicatos quanto para os trabalhadores. Talvez a base sindical tenha se perdido em algum momento. Direcionou-se muito para a luta partidária”.

Hoje o Sinsemar representa mais de 1600 servidores públicos. Apenas 511 são filiados ao sindicato.

A PEC 32/20, é um projeto que altera disposições sobre servidores, empregados públicos e organização administrativa é a principal pauta da conversa.

“A PEC 32 é um dos maiores retrocessos […] Ela vem acabar com a estabilidade […] Ela traz o apadrinhamento político […] A partir dela não se faz mais concurso público […] e é o concurso que dá continuidade aos serviços […] A PEC vai mudar todos os setores […] Não é só o servidor que vai perder, a população também”.

A reforma não trata dos altos cargos. “Ela vem fazer um puxadinho que depois todos vão se arrepender”.

Uma pauta importante em tempos de pandemia, é o retorno das aulas, que no início foi polêmico. Fernando Hübner era totalmente contra.

“Não tínhamos conhecimento, não tínhamos vacina. […] Perdemos duas professoras para a Covid-19. […] Fui totalmente contra […] Procurei o Ministério Público, que lavou as mãos, infelizmente, porque o direito era do gestor. […]”

Agora, o governo do estado autorizou reduzir o espaçamento entre as crianças e isso vai possibilitar o retorno total das crianças às escolas.

“Sei que temos que retornar à vida. […] que nem todos os pais têm tempo e condições de auxiliar seus filhos. […] Mas, o retorno ainda me preocupa […] Não estamos imunes com a vacina […] Temos que redobrar o cuidado. Somente a vacina não vai resolver”.

A variante delta está avançando pelo mundo, ainda devagar no Paraná. “Mas tem uma capacidade absurda de se espalhar. Se alguém aqui no município tem a variante, dificilmente saberemos […] O crescimento da vacinação está nos dando um relaxamente. Infelizmente, acredito que o Covid-19 veio como a gripe e não vamos ficar sem ele tão rápido”, ressalta Fernando.

Na política, em si, Fernando também deixou sua opinião. Ele acredita que estamos com um grande problema no nosso país.

“Estamos criando no Brasil um problema assim: ou você é A ou você é B. Ou você é evangélico ou católico, ou é branco ou negro […] Se você me perguntar ‘você é Bolsonaro?’ e eu disser não, você vai entender que eu sou Lula. Agora, se perguntar ‘Você é Lula?’ e eu disser ‘não’, você vai dizer ‘Ah, então você é Bolsonaro’. Como se não pudéssemos ter opinião própria”.

Sobre as Eleições 2022, Fernando Hübner acredita que Marechal Cândido Rondon pode ter representante. Mas, no seu ponto de vista, nenhum candidato do nosso município se elege só com os votos locais.

“Tem candidatos que talvez prejudiquem ou viabilizem a candidatura dos outros. Corremos o risco de que se não houver um trabalho muito bem feito, podemos ficar novamente sem candidato […] Marechal Cândido Rondon tem potencial para ter candidato federal”.

Quanto às eleições para presidente, o servidor gostaria que tivesse uma terceira força. “Temos que ter uma opinião centralizada no bem. Quando você é totalmente de esquerda ou de direita […] você deixa de ouvir a versão do outro”.

Este é apenas um resumo da conversa entre o jornalista Fernando Nègre e seu convidado. A entrevista completa está disponível em nossa página do Facebook e também no nosso canal do Youtube.

E se você gosta de podcasts, no final do dia, Diálogos é disponibilizado nas principais plataformas de áudio: Spotify, Dezzer, Amazon Music ou Cast Box.

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