Especial
Hoje (08), o maestro e violinista Jacob Brescianini completaria 100 anos
Ele mudou para Marechal Cândido Rondon em 1967 onde deixou seu legado de amor pela música e pela cultura
Jacob Brescianini, foi um italiano que, durante seus 91 anos teve a música como objeto de alegria e paz. Ele nasceu dia 8 junho de 1921, em Palasolo, Província de Brescia, na Itália.
Incentivado pela mãe, Madalena, que era professora de música e filha de um maestro, Jacob se apaixonou pela música e, especialmente pelo violino quando ainda criança. Aprendeu a tocar o instrumento já aos cinco anos de idade, aos oito se apresentou no Anfiteatro de Bérgamo, que atualmente é só ruína.
Junto com a família, Jacob mudou para o Brasil em 1934, quando tinha 13 anos de idade. Seus pais fixaram residência na cidade de Caçador, em Santa Catarina. Mais tarde, mudou-se para Concórdia. Em 1947, ajudou a fundar a Sociedade Artística Zequinha de Abreu, a inesquecível Banda Saza e, na sequência, o Conjunto Melódico Atlântida. Paralelo ao seu trabalho e às atividades, foi correspondente Consular da Itália onde apresentou um programa na Rádio Rural. Criou o conjunto Pan Americano de Ritmos apresentando-se no Paraguai, Argentina e Uruguai.
Em 1967 Jacob Brescianini mudou-se para Marechal Cândido Rondon a convite de Alfredo Nied e Afonso Diesel para trabalhar no FriRondon, o primeiro frigorífico rondonense. Brescianini tinha vasta experiência no ramo, pois, já havia trabalhado em vários frigoríficos de Santa Catarina e foi o primeiro funcionário contratado no FriRondon.
Brescianini foi fundamental para o crescimento do FriRondon, onde permaneceu por 20 anos, até que a partir do convite de um amigo, tocou seu violino em uma apresentação de circo e aí decidiu que realmente se dedicaria à música.
Professor de música, empresário e músico ensinou o instrumento para vários rondonenses que, hoje, inclusive, são profissionais da área. O artista também compôs músicas, uma delas, inclusive foi gravada pela orquestra Irmãos Montanari. Também escreveu peças teatrais.
No município rondonense, Jacob foi fundador da Banda Municipal de Quatro Pontes e participou da fundação da Acimacar (Associação Comercial e Industrial de Marechal Cândido Rondon). Após 1989, dedicou-se à sua escola de música “Academia de Música Sol Nascente”.
Na administração de Ademir Bier e Ariston Limberger (1993 a 1996), foi contratado para atuar no Centro Cultural Eloi Urnau como professor de música. Em outubro de 1995, ele obteve o registro da música “Se o mar falasse”, de sua autoria. Também fez dupla com o cantor Zeno Scherer (Scherinha).
Jacob gravou três CDs, um 2003, outro em 2005 e o último em 2007. O músico rondonense foi convidado para inúmeras apresentações em diversas cidades do Paraná e em outros estados.
Em Marechal Cândido Rondon, deixou seu legado de amor pela música, onde ministrou aula de violino e violão até os 90 anos, quando adoeceu ficando impossibilitado de lecionar.
O maestro e violinista, Jacob Brescianini, faleceu em 2013, de câncer. Ele foi sepultado em Curitiba (PR), onde estava residindo para tratamento médico. Ele foi casado com Luizita e teve dois filhos: Cecília Leonor e Ernani.
Em vida, o músico recebeu homenagens como o título de Cidadão Honorário de Marechal Cândido Rondon aos 89 anos, em 2010. Na ocasião, seus alunos e colegas de profissão apresentaram músicas, algumas de sua própria composição.
Jabob Brescianini também foi homenageado com o nome de uma rua.
Em 2019, representantes da área cultural rondonense decidiram homenagea-lo também com o Hall de entrada do Teatro Municipal Hedio Strey, que ainda está em construção.
Hoje, 08 de junho de 2021, Jacob Brescianini faria 100 anos. Sua história e seus ensinamentos são lembrados com carinho na comunidade rondonense.
Portal Rondon