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Papa endurece contra a corrupção no Vaticano e proíbe presentes acima de 40 euros

Cardeais e gestores deverão comprovar que não investem em paraísos fiscais e que não são investigados por crimes

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Em junho de 2020, o Vaticano já havia publicado uma série de regras determinando valores e as características dos bens que os servidores da Santa Sé deveriam ter - Paulo Pinto/Fotos Publicas
Rui Barbosa

O Papa Francisco está jogando duro contra a corrupção no Vaticano e estabeleceu, na última quinta-feira (29), novas regras para combater os deslizes de cardeais e gestores na administração pública do estado católico. Uma das principais normas é a que proíbe que os servidores recebam presentes com valor superior a 40 euros, ou R$ 260.

Os gestores e cardeais, que acabaram de ver seus salários serem cortados em 10%, deverão, a cada dois anos, comprovar que investem dinheiro em fundos compatíveis com a doutrina católica e terão que apresentar documentos que comprovem que não respondem por processos criminais.

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Os servidores do primeiro escalão da Santa Sé devem garantir que “todos os bens, móveis ou imóveis, de sua propriedade ou detidos por eles, assim como a remuneração de qualquer tipo recebida, sejam provenientes de atividades legítimas.”

O “Motu Proprio” (documento de caráter jurídico do Vaticano) publicado pelo Papa é um recado aos religiosos que estão envolvidos em escândalos de corrupção que emergiram após a posse de Francisco. O líder religioso escreveu:

“[Os servidores da Santa Sé] têm a particular responsabilidade de concretizar a fidelidade de que fala o Evangelho, agindo de acordo com os princípios de transparência e sem qualquer conflito de interesses”, exigiu o Papa no texto.

A publicação da decisão ocorre concomitante à análise, pelo Conselho da Europa, da inclusão do Vaticano às normas internacionais de lavagem de dinheiro e de financiamento ao terrorismo.

Em junho de 2020, o Vaticano já havia publicado uma série de regras determinando valores e as características dos bens que os servidores da Santa Sé deveriam ter. “Por isso, regulamentações aceitas internacionalmente e as melhores práticas exigem transparência para aqueles que têm cargos no setor público, para o propósito de prevenir e combater conflitos de interesse, práticas de custeio e corrupção em geral”, afirmou o Papa na época.

Uma das regras que proíbe os religiosos de manterem ativos de empresas que agem contra a doutrina da igreja, está relacionada ao mais recente escândalo envolvendo a Santa Sé, revelado nesta semana pela Rai3, emissora de TV italiana. O APSA, órgão responsável pela administração do patrimônio do Vaticano, investiu dinheiro na Novartis, laboratório que produz a pílula do dia seguinte.

FONTE: Brasil de Fato

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