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Estados Unidos registram milhares de ataques a asiáticos durante pandemia

Centro criado especialmente para registrar incidentes de ódio, violência, assédio, discriminação e intimidação infantil registrou quase 3.800 relatos em menos de um ano, de xingamentos a agressões físicas. Chineses são maiores vítimas e mulheres tendem a ser mais atacadas do que homens.

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Os ataques a três casas de massagem no estado da Geórgia na noite de terça-feira (16), onde seis das oito pessoas mortas eram mulheres de origem asiáticas, chamaram atenção de organizações que registram ataques contra essa população. Segundo a polícia, porém, o suspeito pelos crimes alega que sua motivação não foi racista, e que ele seria um viciado em sexo que escolheu o local por seus distúrbios sexuais.

A suspeita de um crime de ódio, no entanto, surgiu inicialmente porque asiáticos que vivem ou estão nos Estados Unidos têm sido vítimas de milhares de ataques discriminatórios, muitas vezes não apenas verbais, mas também físicos, desde o início da pandemia de Covid-19, há um ano.

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Em diversos casos, os agressores os acusam de serem responsáveis pela disseminação do coronavírus. Em situações mais graves, há exemplos de pessoas que apanharam nas ruas ou até o de manifestantes que foram atropelados propositalmente em Elk Grove, na Califórnia.

Um centro criado especialmente para registrar incidentes de ódio, violência, assédio, discriminação e intimidação infantil contra essas pessoas, o Stop AAPI Hate, recebeu 3.795 relatos desde sua criação, em 19 de março de 2020, até o dia 28 de fevereiro deste ano. Desse total, 503 aconteceram apenas em 2021.

Isso, porém, representa apenas uma fração do número real de casos, já que a grande maioria das vítimas não reporta as situações a que é submetida, segundo seus criadores, membros do Conselho de Planejamento e Política do Pacífico Asiático, do Chineses para Ação Afirmativa e do Departamento de Estudos Asiático-Americanos da Universidade Estadual de São Francisco.

Em um relatório divulgado na terça-feira, o Stop AAPI Hate revela que as denúncias partiram de todos os 50 estados e do distrito de Columbia, e que as mulheres estão 2.3 vezes mais sujeitas a serem vítimas do que os homens.

Crianças e jovens de até 17 anos são as mais assediadas e agredidas (12,6%), seguidos por idosos acima dos 60 anos (6,2%), e os chineses são aqueles que mais sofrem: 42,2% das ofensas são dirigidas a eles, seguidas por 14,8% a coreanos, 8,5% a vietnamitas e 7,9% a filipinos.

Os asiáticos são maltratados principalmente em lojas e locais de serviço (35,4%), e nas ruas (25,3%), até mesmo mais do que online (10,8%).

A maioria das agressões são xingamentos e humilhações verbais, que respondem por 68,1% das denúncias, seguidas pelo comportamento em que os asiáticos são deliberadamente ignorados, com 20,5%.

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Em terceiro lugar aparecem as agressões físicas, com 11,1%. Também é grande o número de reclamações por direitos civis recusados – discriminações em locais de trabalho, pessoas que se recusam a atendê-los, fornecer algum serviço ou transportá-los, por exemplo – com 8,5%.

Com informações/G1

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