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Mineradora é multada em R$ 50 milhões por 2 toneladas de animais mortos em rio com cianeto no AP

Relatório indicou alta concentração da substância química nas águas que banham Pedra Branca do Amapari. Peixes começaram a aparecer mortos há um mês

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| Foto: Prefeitura de Pedra Branca/Reprodução|
Rui Barbosa

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) informou que multou em R$ 50 milhões a empresa Mina Tucano, pela morte de mais de duas toneladas de peixes e outros animais. O caso ocorre há um mês em comunidades ribeirinhas de Pedra Branca do Amapari, no Centro-Oeste do Amapá.

O g1 tentou contato com a empresa, mas até a última atualização desta reportagem não obteve um posicionamento sobre a penalidade recebida.

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Um relatório técnico da Sema indicou alta concentração de cianeto nos igarapés Silvestre e Areia, o que teria provocado a morte dos animais. A substância teria sido lançada nas águas como parte dos rejeitos da barragem da mineradora, conforme a secretaria.

“Constatou-se que os corpos hídricos do Igarapé Silvestre e Igarapé Areia sofreram intervenções expressivas que resultaram na ocorrência de dano ambiental, indicados pela perda significativa da fauna aquática e profundas alterações físico-químicas”, confirmou a titular da Sema, Josiane Ferreira.

Segundo a Sema, o resultado do relatório foi baseado em coleta e análises de água, fotografias tiradas dos locais antes da mortandade dos animais, mapas georreferenciados, imagens de satélites e apuração da fauna aquática e da flora da região.

A multa à empresa representa três autos de infração ambiental aplicados pela Sema há uma semana, em 21 de dezembro, mas o trabalho só foi divulgado nesta terça-feira (28). A investigação da denúncia pelos técnicos da secretaria foi feita nos dias 29 de novembro e 2 de dezembro.

Prejuízos a pescadores

Os primeiros registros da mortandade de peixes na região aconteceram no dia 27 de novembro. Os dias seguintes foram marcados por tristeza e medo de pescadores da comunidade de Xivete, a mais afetada pela tragédia ambiental, que não sabiam como iam continuar com o trabalho, alimentação e uso da água.

A contaminação também causou efeitos como dor de cabeça e mal-estar em moradores. Além disso, ficou proibido o consumo de água do sistema de distribuição de Pedra Branca do Amapari, sendo liberado apenas no dia 7 de dezembro.

Djenifer Becker Osteopata
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