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Mãe de paranaense que morreu afogado salvando casal de irmãos pediu para ele não entrar no mar pouco antes do acidente

Mulher conta que, durante chamada de vídeo, filho mostrou que mar estava com ondas fortes. Minutos depois, Marlon Christian Silva correu para a água para ajudar menino de 9 anos e jovem de 22, e desapareceu na água

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|Foto: Arquivo pessoal|
Djenifer Becker Osteopata

Dirceia Aparecida Ferreira, mãe de Marlon Christian Silva, conta que pediu para o filho não entrar no mar minutos antes de ele morrer afogado ao salvar uma jovem de 22 anos e um menino de 9 anos.

Ela lembra que fez o pedido durante uma chamada de vídeo, quando o filho mostrou que o mar estava agitado e com ondas fortes.

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O caso aconteceu por volta das 7h30 de domingo (8) em Itapoá, Santa Catarina. Marlon participava de uma excursão de Ponta Grossa, Campos Gerais do Paraná, e tinha acabado de chegar à praia quando aconteceu o acidente.

A jovem e a criança também integravam o grupo.

Mariselma Sitorvski Michten, viúva de Marlon, lembra que ela e o marido estavam brincando de bola e tirando fotos e, logo após Marlon fazer a chamada de vídeo com a mãe dele para mostrar a praia, ele viu a jovem e a criança se afogando.

“Ele não pensou duas vezes e foi. Eu falei pra ele não ir, ele não me ouviu e foi. Aí ele salvou e tentou voltar, e não conseguia voltar. Só vi ele afundando, ele descia e subia de volta e aí sumiu, eu não vi mais. Não voltou mais”, relata.

Reinaldo Padilha, pai da jovem e da criança salvas por Marlon, conta que os dois foram arrastados pela correnteza enquanto brincavam no mar. A dupla foi resgatada com vida e levada ao pronto atendimento pelo Corpo de Bombeiros.

Marlon desapareceu no mar nas proximidades do posto 12 e foi encontrado horas depois pelas equipes de busca da corporação, na altura do posto 13.

João Victor Padilha, o menino de 9 anos, afirma que queria poder agradecer o homem.

“Só me lembro de uma pessoa vir e falar que ‘tava’ tudo bem pra mim. Daí, eu segurei a mão da pessoa e ela me ergueu”, afirma.

O filho de Marlon, Christian Raylan Batista Silva, tem 11 anos e afirma que o pai sempre teve o costume de ajudar as pessoas.

“A lembrança que eu vou ter dele é que era uma pessoa muito meiga, muito gentil, era uma pessoa boa, feliz. Era um bom pai, sempre esteve presente na maioria das coisas. […] Sempre ajudou as pessoas, é um bom exemplo”, relata o filho, que é fruto de um relacionamento anterior.

Marlon Christian Silva tinha 32 anos e atuava como operador de máquinas em uma indústria de Ponta Grossa. Ele foi sepultado nesta terça-feira (9) no cemitério Parque Campos Gerais.

Outros casos de afogamentos

Nos últimos dias outros paranaenses foram vítimas de afogamentos no litoral.

Na quinta-feira (4) Richard Leonardo Ramos, de 15 anos, desapareceu no mar de Matinhos, litoral do Paraná. O corpo do morador de Ponta Grossa foi encontrado dois dias depois.

No sábado (6) um adolescente de 17 anos desapareceu enquanto nadava com a irmã também em uma praia de Matinhos. O corpo dele foi encontrado na segunda-feira (8). A identidade do jovem não foi revelada.

Também no sábado (6) o bombeiro militar aposentado Luís Cavasani Neto, de 56 anos, morreu afogado em Itapoá, Santa Catarina. Natural de Ampére, ele estava no estado vizinho de férias com a família, segundo a corporação.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, em 20 dias a corporação já fez 851 salvamentos no litoral paranaense. Os dados acendem um alerta, já que em toda a temporada passada, de 17 de dezembro de 2022 a 26 de fevereiro de 2023, foram 1284 salvamentos.

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