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Pesquisa mostra que memória de macacos dura mais de 25 anos; Reconhecem amigos

Foram selecionados indivíduos que os macacos não viam há períodos de tempo, entre nove meses a 26 anos.

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Foto: Reprodução/Kate Grounds (Zoológico de Edimburgo).
Rui Barbosa

Uma nova pesquisa mostra que a memória dos macacos é incrível. Eles conseguem se lembrar de amigos e parentes que não viam há mais de 25 anos! Além disso, os bichos respondem com emoção quando veem seus amigos do passado.

Esses animais têm a memória social mais duradoura já documentada fora dos humanos. A iniciativa curiosa partiu da própria relação entre os pesquisadores e os macacos pesquisados. Eles tinham a sensação que os bichinhos os reconheciam quando os visitavam, mesmo depois de terem estado ausentes por longos períodos.

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“Você tem a impressão de que eles estão respondendo como se reconhecessem você e que para eles você é realmente diferente do visitante comum do zoológico”, disse Christopher Krupenye, professor assistente de Hopkins.

Como comprovaram

Para comprovar a hipótese, os pesquisadores usaram fotografias de macacos já falecidos ou que deixaram grupos no Zoológico de Edimburgo, na Escócia, no Zoológico Planckendael, na Bélgica, e no Santuário Kumamoto, no Japão.

Foram selecionados indivíduos que os macacos não viam há períodos de tempo, entre nove meses a 26 anos.

E para fazer com que os mamiferos participassem do teste, a equipe distribuiu suco em uma sala, enquanto os macacos eram apresentados a duas fotos.

Suco e fotografia

Enquanto tomavam o suco, os macacos viram duas fotos lado a lado – uma de macacos que já conheceram e a outra de um completo estranho.

Usando um dispositivo ocular não invasivo, a equipe mediu para onde os bichos mais olhavam e por quanto tempo.

E o resultado surpreendeu: os macacos olharam por muito mais tempo para seus antigos amigos, principalmente aqueles com quem tiveram interações positivas.

Lembrou da família

Em um dos casos mais extremos, a bonobo Louisa não via sua irmã Loretta nem seu sobrinho Erin há mais de 20 anos. A reação dela ao olhar a foto foi surpreendente, direcionando o olhar totalmente para os conhecidos!

“Este padrão de relações sociais que molda a memória de longo prazo nos chimpanzés e bonobos é semelhante ao que vemos nos humanos, porque nossas próprias relações sociais também parecem moldar a nossa memória de longo prazo dos indivíduos”, disse a autora principal Laura Lewis.

Capacidade de sentir falta

Além disso, o trabalho levantou também hipóteses sobre os macacos sentirem falta de pessoas que já não estão mais com eles, principalmente amigos e familiares.

“A ideia de que eles se lembram dos outros e, portanto, podem sentir falta desses indivíduos, é realmente um mecanismo cognitivo poderoso, mas que antes era considerado exclusivamente humano”, contou Laura.

O estudo não determina que os macacos estão agindo assim, mas levanta possibilidade sobre a capacidade de fazê-lo.

A pesquisa também assegura o quão fundamentais e duradouras são essas relações e que ao se romperem, podem ser muito prejudiciais para os animais.

Eles são mais parecidos com seres humanos do que se pensava.

Os macacos tem a memória social mais duradoura documentada fora a dos humanos. Foto: Reprodução/Kate Grounds (Zoológico de Edimburgo).

A pesquisa sobre a memória dos macacos mostra que eles têm a lembrança social mais duradoura documentada fora a dos humanos. – Foto: Reprodução/Kate Grounds (Zoológico de Edimburgo).

A hipótese foi confirmada a partir de observação dos próprios macacos. Foto: Reprodução/Kate Grounds (Zoológico de Edimburgo).

A hipótese foi confirmada a partir de observação dos próprios macacos. Foto: Reprodução/Kate Grounds (Zoológico de Edimburgo).

Com informações de Johns Hopkins University.

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