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Mulher que ficou refém do ex por sete horas no Paraná relata ameaças e terror: ‘Me torturou muito’
Caso aconteceu no sábado (6). Vítima ficou sequestrada por cerca de sete horas e foi liberada após negociações do BOPE. Homem está preso
A mulher de 29 anos que ficou cerca de sete horas como refém do ex-companheiro, de 37 anos, relatou, em entrevista à RPC, os momentos de terror que viveu sob o controle do homem.
“Ele me torturou muito. Falava só que ia me matar. Me queimou com cigarro, espancou, me deu chute, ‘pezada’, muito murro pra cabeça, tapa, colocou uma cinta no meu pescoço, que ele queria me enforcar. Tentava quebrar meu pescoço. Foi muito horrível. No momento ele falava que ia arrancar meu dente, que ia me fazer um corte de 20 centímetros no rosto. Foi muita tortura“, contou a vítima, que preferiu não se identificar.
O caso aconteceu no sábado (15), dentro de uma loja no Centro de Arapoti, nos Campos Gerais do Paraná. Ela foi liberada após negociações da polícia. O homem está preso.
A mulher disse que, quando foi abordada pelo ex, estava em frente à loja onde trabalha, esperando o estabelecimento abrir.
“Ele já foi vindo de frente comigo e me chamou. Eu fui, na inocência, né?! Dai ele já falou: ‘Vamos mais ali pra frente’. E dai já entrou dentro da loja e já me mostrou a faca. Dai ele já me agarrou pelo cabelo, já começou me dar soco pra cara, tapa e fez eu fechar a porta”, lembra a vítima.
Ela afirma que terminou o relacionamento com o homem e ele não aceitava o rompimento, e chegou a perguntar se ela já estava com outro.
“Eu só pensava que ia morrer. Muito desespero. Imaginava a dor que ia ser. Não tinha acordo com ele. Ele…ou me matava ou saíam os dois mortos. Não tinha acordo com ele. Foi livramento de Deus, né? Não era minha hora”, afirma.
Homem será indiciado por três crimes, diz delegado
O nome do homem não foi divulgado. Ele foi preso em flagrante no sábado (16) e teve a prisão convertida em preventiva.
O delegado Jairo Luiz Duarte de Camargo, responsável pelo caso, disse ele será indiciado por sequestro qualificado, lesão corporal e ameaça.
O aspirante Lucas Malanowski, da Polícia Militar, informou que o suspeito já tem histórico na polícia de violência doméstica – cometida, inclusive, contra a ex-companheira feita refém.
