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Agronegócio

Paraná deu a largada no plantio de soja

Ainda há muito pela frente e agilizar é preciso

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Foto: Edmílson Zabotti
Rui Barbosa

Nesta temporada a janela para o plantio de soja ficou mais curto para os agricultores paranaenses.  O período começou hoje e segue até o dia 19 de dezembro. No ano passado, a janela ia até 31 de janeiro, com garantia fôlego e atuação bem planejada no campo.

Edmílson Zabotti, agricultor de Palotina, não perdeu tempo e já no primeiro dia de liberação colocou a máquina em campo, seguindo com o plantio a todo vapor, aproveitando o tempo firme.

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“São poucos dias, mas que fazem muita diferença, principalmente para os produtores que ao final investem no plantio para garantir sementes de soja para a próxima safra. Os custos estão cada vez mais altos e com essa redução na janela, muito provavelmente não tenhamos tempo de fazer o campo de semente. Para os produtores, isso significa de certa forma, prejuízo”, diz o agricultor.

Edmílson é Zabotti também preside o Sindicato Rural Patronal de Palotina e revela que existe também um temor com a safra de milho safrinha do ano que vem. “Se tivéssemos conseguido plantar antes do dia 10, teríamos condições mais significativas de escapar do frio intenso, com geada, na próxima safra de inverno. Lembrando que já há um receio de queda na área plantada de milho em razão do preço e se houver frustração pro clima, o cenário fica ainda mais complicado”, alerta.

O milho é fundamental para a região Oeste do Estado, é a base alimentar para a produção da avicultura, suinocultura e piscicultura. No Paraná as colheitas do milho e do trigo ainda não foram concluídas. Ainda há muito pela frente e agilizar é preciso. “Com todas as dificuldades, o agricultor está pronto para continuar produzindo alimento e dar ao País o título de maior produtor de grãos, pronto para sustentar a balança comercial do Brasil”, reforça Zabotti.

PREÇO DO TRIGO X RECORDE

O preço da saca de trigo tem caído desde o ano passado, principalmente em razão da possibilidade de a safra deste ano superar o recorde estabelecido em 2022 no País. A previsão é que sejam produzidas 200 mil toneladas a mais que as 10,5 milhões de toneladas do ano passado.

O Paraná e o Rio Grande do Sul continuam como estados mais representativos na triticultura, concentrando aproximadamente 85% da produção nacional. A colheita no Estado alcançou 26% da área de 1,4 milhão de hectares e se desenvolve bem. Os gaúchos devem começar muito em breve os trabalhos. A maior preocupação é com futuras chuvas, além dos danos que elas já causaram nos últimos dias.

ESTIMATIVA DE SAFRA

A primeira safra da soja em 2023/24 promete ter um aumento bastante insignificante na área, saindo de 5.790 mil hectares para 5.801 mil hectares. A produção tende a se reduzir em 2%, caindo de 22,4 milhões de toneladas para 21,9 milhões de toneladas.

“A última safra foi excepcional”, ponderou o agrônomo do Deral Carlos Hugo Godinho. Segundo ele, apesar do aumento, alguns produtores deixaram de plantar a oleaginosa em áreas marginais, que foram ocupadas por outras culturas, como a cana-de-açúcar, por exemplo.

No milho, a redução de área na primeira safra deve se efetivar em razão do baixo preço do produto. Nos últimos 12 meses baixou de R$ 75,00 a saca para R$ 45,00. Dos 379,1 mil hectares ocupados na safra anterior deve cair para 317 mil hectares agora. A projeção é que se produzam 3,1 milhões de toneladas contra 3,8 milhões de toneladas em 2022.

Em compensação, a atual safra – 2022/23 – tem estimativa de fechar em 17,8 milhões de toneladas, das quais 14 milhões da segunda safra e 3,8 milhões da primeira. Se efetivar, será a segunda maior da história no Paraná, ficando atrás somente da safra 2016/17, quando foram produzidas pouco mais de 18 milhões de toneladas.

JANELA PARA PLANTIO EM OUTROS ESTADO

  • Acre: 21 de setembro de 2023 a 29 de dezembro de 2023
  • Alagoas: 02 de abril de 2024 a 10 de julho de 2024
  • Amapá: 01 de março de 2024 a 08 de junho de 2024
  • Amazonas: 16 de setembro de 2023 a 24 de dezembro de 2023
  • Bahia: 01 de outubro de 2023 a 08 de janeiro de 2024
  • Ceará: 01 de fevereiro de 2024 a 10 de maio de 2024
  • Distrito Federal: 01 de outubro de 2023 a 08 de janeiro de 2024
  • Goiás: 25 de setembro de 2023 a 02 de janeiro de 2023
  • Maranhão: Região 1 – 01 de dezembro de 2023 a 09 de março de 2024; Região 2 – 01 de novembro de 2023 a 08 de fevereiro de 2024; Região 3- 01 de outubro de 2023 a 08 de janeiro de 2024
  • Rio Grande do Sul – 1º de outubro e 8 de janeiro de 2024.

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