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Plantio ficou “salgado”: Aumento do diesel chega em péssima hora

Reajuste no preço do óleo diesel não caiu bem

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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O anúncio do reajuste no preço do óleo diesel não caiu bem para o planejamento financeiro do setor produtivo.  O reflexo nas bombas já chega em R$ 1 por litro, o que gera um grande impacto que começa dentro da porteira e percorre o longo caminho até a mesa do consumidor, gerando um enorme efeito dominó. E a sobrecarga surge num momento pra lá de impróprio, com a safra de inverno na reta final da colheita e que precisa ser escoada, e às vésperas do plantio da safra de verão, quando os insumos precisam chegar ao campo e as máquinas entram em ação.  Na semeadura, pulverização e colheita o óleo diesel é fundamental.

Luiz Eliezer Ferreira, técnico do Departamento Técnico Econômico do Sistema FAEP/SENAR-PR afirma que ainda não é possível mensurar o impacto real, mas assegura que a competitividade, que já era ameaçada, agora se tornou ainda mais vulnerável. “O diesel representa um dos principais insumos da produção agropecuária, ou seja, é um produto inelástico, isso significa que mesmo com um aumento, seu consumo não deve reduzir, função da sua essencialidade na produção. Fica então o aumento no custo de produção, o agricultor é tomador de preços, ou seja, a formação dos preços dos produtos agrícolas depende do mercado e ele não consegue repassar esse aumento de custo. A margem de lucro fica mais estreita ou até mesmo negativa”, explica.

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O aumento no preço do litro do óleo diesel acertou em cheio outro braço fundamental do agro. A logística para o transporte de grãos no Brasil é em sua maior parte feita por rodovias. O setor de transportes já sente o peso do real a mais por litro. “Nos postos já sentimos um aumento de 25% e o transporte rodoviário de cargas é muito sensível a isso. Infelizmente não tem outra forma a não ser repassar, o setor não consegue absorver. Com isso, o produto acaba chegando mais caro ao produtor rural e todos perdem. Ficamos menos competitivo perante o resto do mundo”, observa Antônio Ruiz, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Oeste do Paraná (Sintropar).

O reajuste foi necessário, segundo a Petrobrás para poder ter condições de concorrer com o mercado internacional. Assim entendeu o Sintropar. “O Brasil estava correndo o risco de ficar sem combustível e já havia restrições em distribuidoras porque não estava havendo produto suficiente”, relata Antônio. A situação tem a ver com a Guerra entre a Rússia e Ucrânia. “Um dos maiores fornecedores de combustível para o Brasil é os Estados Unidos. A Rússia sempre foi um grande fornecedor de diesel para a Europa, mas com o conflito, os Estados Unidos viram uma oportunidade no mercado europeu. Lei da oferta e procura, quem paga mais leva”, explica.

Para a Faep o reajuste no preço do diesel já era esperado. “A Petrobras alterou sua política de preço, mas o preço do petróleo no mercado internacional continua sendo a principal variável para a formação dos preços internos, juntamente com os impostos. O preço do petróleo internacional avançou 15% nos últimos 4 meses e 15% do petróleo consumido no Brasil são importados”, enaltece Luiz Eliezer Ferreira, técnico do Departamento Técnico Econômico do Sistema FAEP/SENAR-PR.

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