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Líder Botafogo tem clássico contra o Vasco, ambos os times sob direção de técnicos interinos

Cláudio Caçapa e William Batista assumem protagonismo no duelo entre clubes-empresa do Rio

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FOTO: / Buda Mendes/Getty Images
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Ainda não se sabe ao certo quem será o próximo técnico do Botafogo no lugar do demissionário Luís Castro. Mas, no clássico deste domingo (2), contra o Vasco, no Nílton Santos, a função será exercida interinamente pelo ex-zagueiro Cláudio Caçapa, de 47 anos, emprestado pelo Lyon, da França, clube do grupo de Jonh Textor. No banco de reserva dos visitantes estará o jovem William Batista, treinador do sub 20 vascaíno, também interino, que aos 30 anos dirigirá o time principal pela segunda vez – podendo ter nova chance contra o Cruzeiro, em São Januário, no sábado (8) seguinte.

Essa história sobre o novo treinador vascaíno está para lá de esquisita. Paulo Bracks, o executivo de futebol da SAF-Vasco, já anunciou que ainda não fez proposta a nenhum treinador. E que o substituto de Maurício Barbieri será escolhido com cuidado para reduzir os riscos de erro. A narrativa seria louvável se a cúpula do futebol vascaíno já não trabalhasse com a demissão do Barbieri desde a partida contra o Internacional-RS, em Porto Alegre, no dia 11 – há 19 dias, portanto.

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Barbieri, me garante boa fonte, só não foi demitido na capital gaúcha porque na avaliação de todos o Vasco mostrou reação após sofrer dois gols em 15 minutos. O incrível gol perdido por Lucas Pitton, a três minutos do final, deu contornos injustos ao jogo e Barbieri foi poupado. De qualquer forma, já se discutia a demissão do treinador e, desde então, não se tem um nome capaz de conduzir a equipe.

Mas não “fulanizem” essa demora. Na verdade, a falta de convicção vem do modelo de trabalho que exige a aprovação da cúpula do braço esportivo da 777 Partners. E o futebol está cansado de nos mostrar que quanto mais se abre o leque, e quanto mais se divide a responsabilidade, mais difícil fica a tomada de decisão, e maior é o tempo que se perde na montagem da nova comissão.

Ou seja: não é questão de certo ou errado, mas de modelo de gestão.

Ao optar pela descentralização, com a decisão saindo de um colegiado multidisciplinar, debatendo o tema sob o olhar de analistas que não respiram a cultura do clube, perde-se um tempo considerável. E o futebol brasileiro ainda não tem maturidade ou frieza suficientes para ser gerido dessa forma. Aliás, vem daí, inclusive, a explicação sobre por que se posterga tanto (como deve ser!) a decisão de demitir um treinador.

A SAF-Botafogo tem um outro modelo, com gestão centralizada nas decisões de John Textor, o principal acionista. E ele vive o clube, construindo uma rede de colaboradores influentes que interage com ela para entender o sentimento dos torcedores. É Textor quem analisa as sugestões, escolhe os nomes e negocia os contratos – claro, com o assessoramento dos executivos de cada área.

Por isso, os alvinegros não levaram mais do que seis horas para anunciar o nome do substituto de Luís Castro. Ainda que a contratação seja apenas para tapar buraco enquanto se desenrolam as negociações com o português Bruno Laje, a chegada de Cláudio Caçapa só foi possível graças ao modelo do poder centralizado na figura do investidor americano.

Acabou que a atração do confronto entre os dois cariocas geridos por investidores estrangeiros será um duelo de treinadores interinos à boca do túnel… quem diria!

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