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Mamadeira, pegadas, frutos comidos e falso resgate: um mês de buscas pelas crianças desaparecidas na Colômbia

Desaparecido em 1° de maio, o avião foi encontrado no dia 16. As versões sobre as buscas, no entanto, variam desde então

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Foto: Fuerzas Militares de Colombia
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A queda de um avião na região da Amazônia colombiana em 1º de maio com quatro crianças a bordo resultou em uma busca que já dura um mês. Apesar de os destroços da aeronave e de os corpos de três adultos terem sido encontrados, não há informações sobre as crianças, consideradas desaparecidas desde então.

Para além da falta de informações concretas, o caso envolve uma série de vaivéns — como quando Gustavo Petro, presidente do país, anunciou em uma rede social que as crianças haviam sido encontradas, mas depois apagou a publicação.

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Um mês após a queda do avião, veja cronologia do caso, o que se sabe e o que falta esclarecer:

Queda do avião

Infográfico mostra trajeto que avião faria entre as cidades de Araracuara e San José Del Guaviare — Foto: Arte/g1

Infográfico mostra trajeto que avião faria entre as cidades de Araracuara e San José Del Guaviare — Foto: Arte/g1

Um pequeno avião que voava de Araracuara até San José Del Guaviare, na Colômbia, deu sinais de problemas mecânicos e caiu no meio da floresta densa na Amazônia colombiana em 1º de maio. Momentos antes, o piloto emitiu alarmes em busca de ajuda.

Pouco depois, as Forças Militares do país começaram buscas na região. Mais de 60 homens treinados e equipados foram deixados no local para iniciar a procura. Foram encontrados os corpos de três adultos, entre eles a mãe das crianças, um líder indígena e o piloto da aeronave logo no início das buscas.

Quem são as crianças?

As quatro crianças desaparecidas são irmãs, e estavam no voo com a mãe, que foi encontrada morta. Os nomes são:

  • Lesly, de 13 anos;
  • Soleiny, de 9 anos;
  • Tien, de 4 anos e
  • Cristin de 11 meses.

Mamadeira e frutos comidos

Na segunda-feira (15), 14 dias após o acidente, os serviços de buscas encontraram uma mamadeira que provavelmente pertencia ao bebê que estava no avião. Horas depois foi encontrada uma casca de maracujá que dava indícios de consumo por humanos.

Mamadeira encontrada durante as buscas — Foto:  Fuerzas Militares de Colombia

Mamadeira encontrada durante as buscas — Foto: Fuerzas Militares de Colombia

Abrigo improvisado

Às 10 da manhã do dia 16 de maio, os militares localizaram um abrigo improvisado feito com paus e pedras em que as crianças teriam passado um período cuidando do bebê.

Pertences das crianças foram encontrados durante as buscas — Foto: Fuerzas Militares de Colombia

Tesoura e fitas de cabelo

Às 8 da manhã de 17 de maio, foram encontradas tesouras e fitas de cabelo que os militares acreditam ser das crianças. Horas depois, os enviados do exército descobriram pegadas pequenas.

Outros objetos encontrados durante as buscas — Foto: Fuerzas Militares de Colombia

Outros objetos encontrados durante as buscas — Foto: Fuerzas Militares de Colombia

Vaivém de tuítes

Na noite do dia 16, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou no Twitter que as crianças haviam sido encontradas, sem dar mais informações sobre o caso.

Horas depois, no entanto, as Forças Armadas retificaram a informação, dizendo que, na verdade, os relatórios das operações de busca indicavam que as crianças estavam bem, mas que elas ainda não tinham sido encontradas.

Colombianos criticaram a postura do presidente, de dar uma notícia ainda não confirmada. O caso gerou uma grande comoção no país, já que há dias se falava da possibilidade de que as crianças estivessem vivas.

Em um novo tuíte, em 18 de maiso, Petro alegou que apagou a publicação anterior porque “informação não pode ser confirmada” e se desculpou.

“Peço desculpas pelo ocorrido. As forças militares e as comunidades indígenas continuarão na busca incansável para dar ao país a notícia que estamos esperando”, escreveu. “Neste momento, não há nenhuma outra prioridade diferente da de avançar com a busca até encontrá-los. A vida das crianças é o mais importante.”

A diretora do Instituto de Bem-Estar Familiar, Astrid Cáceres, chegou a dizer que as crianças estavam em uma aldeia indígena local e que militares na área estariam a caminho do grupo. Mais tarde, no entanto, corrigiu a informação e disse que o grupo ainda não tinha sido encontrado.

Acostumados com a selva

Segundo o avô das crianças, Fidencio Valencia, os menores “estão acostumados a estar na selva”, mas poderiam ter se escondido por medo após o acidente.

“Queremos ver ou encontrar as crianças. Sei que estão na selva há muito tempo, está difícil. De repente, com o apoio que todo o povo, a energia indígena e as orações nos dão, podemos [encontrá-los]”, disse ele ao Caracol Noticias.

Acidente de avião aconteceu no início do mês — Foto: Fuerzas Militares de Colombia

Acidente de avião aconteceu no início do mês — Foto: Fuerzas Militares de Colombia

Pegadas na selva

Forças militares da Colômbia dizem ter encontrado nesta terça-feira (30) uma pegada que eles identificaram como sendo de uma das crianças indígenas desparecidas após um acidente aéreo na Amazônia colombiana.

Os militares acreditam que a marca foi deixada por Lesly Jacobombaire Mucutuy, a mais velha entre os 4 irmãos desaparecidos desde 1º de maio.

Além da pegada, as tropas encontraram mais frutos consumidos que indicam a passagem das crianças pelo local.

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