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Espanha vai exumar e identificar vítimas da Guerra Civil Espanhola, diz jornal

Projeto faz parte de plano para converter mausoléu construído pelo ditador Francisco Franco em memorial às 500 mil pessoas que morreram durante conflito

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Foto: AP Photo
Velho Oeste

Cientistas forenses iniciarão na segunda-feira (12) a exumação de 128 vítimas da Guerra Civil Espanhola de um vasto complexo funerário perto de Madri, informou o jornal “El País” no domingo (11).

Será a primeira exumação desse tipo envolvendo pessoas cujos corpos foram removidos de outro lugar após a guerra de 1936-1939 e enterrados sem a permissão de suas famílias no Vale de Cuelgamuros, anteriormente conhecido como Vale dos Caídos.

Ótica da Visão

O jornal “El Pais” informou que cientistas forenses instalaram um laboratório dentro do vasto cemitério, que inclui um monumento e uma cruz de 150 metros de altura, nos arredores de Madri, antes do início dos trabalhos de exumação.

Os restos mortais de cerca de 34 mil pessoas, muitas delas vítimas do regime do ditador Francisco Franco, estão enterrados anonimamente no complexo. Parentes daqueles cujos restos mortais estão lá lutam há anos para dar a seus entes queridos um enterro em seus próprios nomes perto de suas famílias.

Purificacion Lapena tem feito campanha para que os restos mortais de seu avô Manuel Lapena e seu irmão Antonio, um ferreiro, sejam removidos do mausoléu. “Não me disseram nada sobre [o novo projeto]”, disse ela à Reuters por telefone. Em 2016, um tribunal aprovou a exumação dos irmãos, mas sete anos depois a família ainda espera.

Em abril, os restos mortais de José Antonio Primo de Rivera, fundador do movimento fascista Falange da Espanh que apoiou o regime franquista, foram exumados do mausoléu.

Sua exumação, que ocorre após a remoção dos restos mortais de Francisco Franco em 2019, faz parte de um plano para converter o complexo construído pelo ditador em um memorial às 500 mil pessoas mortas durante o conflito.

“Nenhuma pessoa ou ideologia que evoque a ditadura deve ser homenageada ou exaltada lá”, disse Felix Bolanos, ministro da Presidência, quando Primo de Rivera foi exumado.

FOTO: Wikimedia Commons

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