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Cartas escritas pelo principal suspeito de assassinar Madeleine McCann são reveladas

Christian Brueckner quer convencer o mundo de que não teve envolvimento no sumiço da menina e acusa a promotoria

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FOTO: EFE-EPA/REPRODUÇÃO INSTAGRAM/@IAMMADELEINEMCCANN; MONTAGEM/R7
Martin Luther – Enem

O principal suspeito do assassinato de Madeleine McCann tem feito uma extraordinária campanha por meio de cartas para tentar convencer o mundo de que não teve envolvimento no desaparecimento dela.

Na última semana, as suspeitas da polícia sobre Christian Brueckner, de 45 anos, provocaram um desdobramento importante no caso e fizeram com que os policiais revistassem um reservatório que ele frequentava na época do desaparecimento da menina, 16 anos atrás.

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Uma das cartas foi enviada poucos dias antes do início das últimas buscas por Madeleine na barragem do Arade, a cerca de 56 km da vila de férias em Algarve, Praia da Luz, de onde ela sumiu, em maio de 2007, durante férias em família.

O texto, escrito a lápis, dá uma visão da mente de Brueckner e mostra a obsessão do estuprador condenado por tentar persuadir as autoridades e o público, por meio da mídia, de que ele é inocente do envolvimento no sequestro da menina, segundo o tabloide Daily Mail. 

A grafóloga Tracey Trussell, que examinou a última carta e outras que ele enviou nos últimos dois anos, disse que elas mostraram que o criminoso estava “distorcido, iludido” e que suas “visões fantásticas são constantes, imutáveis”.

Ela afirmou que os escritos dele mostram alguém que quer “comandar e controlar” e acrescentou que o “longo golpe final na letra S reclinada simboliza alguém que sofre com sentimentos de culpa”.

“Em alguns casos, esse símbolo é visto onde uma morte violenta ocorreu perto do escritor, e eles estão tentando chegar a um acordo sobre isso”, explicou Tracey. “Qualquer que seja a verdade, há uma necessidade de alimentar continuamente seu ego, e seu objetivo final é obter algum tipo de reconhecimento antes de concluir que ele estava com o ‘pavio curto’.”

Os investigadores responsáveis pelo caso de Brueckner, que atualmente cumpre sete anos de prisão por estupro, insistem, no entanto, em que têm “evidências concretas” de que Madeleine está morta — e acreditam que ele a matou.

O criminoso aborda isso na carta de maio, em que escreve: “Você nunca pode imaginar como é quando o mundo inteiro acredita que você é um assassino de crianças, e você não é”. 

Ele ainda parece se gabar de saber que não enfrentará um juiz: “Disseram-me há muito tempo que o Ministério Público estava encerrando o caso Maddie porque não há nem a menor evidência. Nunca haverá um julgamento”.

Brueckner x autoridades

O homem também afirma que os promotores não estão dizendo nada ao público porque devem entregar os arquivos aos advogados dele. Esses documentos, segundo Brueckner, contêm muitos materiais que confirmam sua inocência.

Além disso, ele diz que a polícia e a promotoria estão “tentando criar um monstro” para “desviar e deixar as pessoas pensarem que sou a pessoa certa”.

Em outra carta, o criminoso — que deve ser solto em 2026 — também faz alegações sexuais surpreendentes sobre membros-chave da equipe de investigação. “Quero dizer, um investigador gay que está apaixonado por um grande criminoso. Ultrajante. Você já ouviu falar que um caçador está f**endo sua presa?”

Em seguida, reclamando da batalha psicológica pela qual está passando, Brueckner acrescenta: “A tortura pela qual estou passando é a melhor evidência que posso ter. Não consigo dizer o verdadeiro tratamento que recebo porque não tenho as palavras certas para isso. Tudo isso acontece por ordem da BKA [polícia criminal alemã]”.

Em uma provocação aos investigadores, ele diz: “Eles nunca vão entender que a ideia que tiveram foi brilhante — eu já disse que Hollywood não poderia fazer melhor —, mas eles escolheram o ator principal errado: eu”.

Brueckner permanece inabalavelmente convencido de que eventualmente o tempo provará que ele é inocente. “Não importa que eu tenha uma aparência completamente diferente como as vítimas estão dizendo”, afirma. “Eu realmente gostaria de saber o que eles dizem para convencê-los de que fui eu mesmo assim.”

Em 2019, Brueckner foi condenado a sete anos e preso em sua terra natal, a Alemanha, por estuprar uma americana de 72 anos, no ano de 2005, na casa dela, na Praia da Luz, na costa de Algarve, em Portugal, perto do complexo de férias de onde Madeleine desapareceu, dois anos depois. 

Ele foi condenado depois que seu DNA foi encontrado na cena do crime, mas ele insiste em que foi incriminado e, embora em uma carta anterior admita “ter cometido erros” em sua vida,  negou “estuprar ou torturar qualquer pessoa”.

Os promotores na Alemanha ainda o acusaram de pelo menos outros três estupros em Algarve e uma série de exposições indecentes para crianças na região, no período de dezembro de 2000 a junho de 2017.

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