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Relação entre Brasil e China: uma parceria estratégica em ascensão

As exportações brasileiras para o país asiático são dominadas por produtos como soja, minério de ferro, petróleo e carne bovina

Publicado

em

(Iwasaki Minoru/Getty Images)
Velho Oeste

A relação diplomática entre o Brasil e a China tem sido historicamente caracterizada por laços comerciais e cooperação em diversas áreas. Os dois países estabeleceram relações diplomáticas em 1974, durante o governo do presidente Ernesto Geisel e mantiveram um relacionamento relativamente estável desde então.

Contudo, foi a partir de 2009, com a segunda visita do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, que o país tornou-se o principal parceiro comercial do Brasil. Em contrapartida, o Brasil tornou-se um importante fornecedor de commodities (produtos básicos globais não industrializados) para a China.

Dr Guilherme Dentista

China exporta para o Brasil produtos manufaturados, eletrônicos e bens de consumo, auxiliando o comércio bilateral de modo fundamental para as economias de ambos os países, além de contribuir para o desenvolvimento econômico global. O volume de comércio bilateral chegou a US$150,5 bilhões em 2022.

Além das relações comerciais, os dois países têm buscado a cooperação em diversas áreas, como ciência e tecnologia, educação, cultura e turismo e promovido intercâmbios e parcerias. A China também tem sido um importante investidor em setores-chave da economia brasileira, como energia, agricultura, transporte e telecomunicações. Empresas chinesas têm participado de licitações de projetos de infraestrutura no Brasil e têm sido parceiras em projetos como a construção de usinas hidrelétricas e ferrovias.

Os desafios e oportunidades entre os laços diplomáticos Brasil-China

Apesar das relações estáveis, é importante ressaltar que essa diplomacia passou por alguns desafios ao longo dos anos, como mudanças de governo, políticas internas e externas, eventos geopolíticos globais, entre outros. Questões como a competição no setor industrial, barreiras comerciais, protecionismo e divergências em fóruns internacionais também geraram atritos entre os dois países. No entanto, ao longo desses quase 50 anos de relações diplomáticas, a China e o Brasil têm mantido um crescimento constante em sua relação, mesmo diante das mudanças no cenário internacional.

Recentemente, os dois países concordaram em realizar transações comerciais em suas próprias moedas, retirando o dólar americano como intermediário. Isso permitirá que os países conduzam transações diretas, trocando Yuan por Real e vice-versa, em vez de usar o dólar. O acordo será executado pelo Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) e pelo Banco de Comunicações BBM. A expectativa é que isso reduza os custos, facilite os investimentos, impulsione transações transfronteiriças e fortaleça ainda mais o comércio entre Brasil e China.

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