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Policial e Trânsito

Mulher é barrada em boate de Cascavel, agredida por seguranças, cai na rua e é atropelada [vídeo]

Ela foi arrastada pelo veículo por cerca de 70 metros e morreu

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em

Providência

Uma mulher foi morta na madrugada deste domingo (28), em frente a uma casa noturna da Rua Paraná, em Cascavel.

Uma câmera de segurança do estabelecimento registrou o fato. No vídeo é possível ver que a mulher é tirada do local por seguranças, às 4h32 da manhã.

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Às 4h33, o homem chuta o que parece ser uma lata de bebida. A jovem reage, vai para cima do homem e os dois começam a brigar na rua. Ela leva pelo menos dois chutes e um empurrão.

Após ser agredida, a mulher cai na via e fica por mais de um minuto, sem socorro de nenhum dos envolvidos.

Momentos depois, um veículo Golf, que seguia pela via em alta velocidade, acaba atropelando e arrastando a mulher por cerca de 70 metros. Um grupo de pessoas ainda fez sinal quando viu o carro se aproximando, mas o veículo não parou.

Após o acidente, o condutor do carro fugiu do local e até agora não foi localizado.

Socorristas e médico do Siate foram acionados para prestar atendimento à mulher, mas apenas puderam constatar o óbito da vítima. Ela foi identificada como Daiane de Jesus Oliveira, de 28 anos.

A Polícia Civil investiga o caso.

Crédito: Aílton Santos / Portal 24 Horas

NOTA DA CASA NOTURNA

Na manhã de domingo (28), a casa noturna Moonlight se manifestou sobre o ocorrido por meio de uma nota nas redes sociais, onde lamentou o caso e afirmou estar tomando as medidas cabíveis, além de dar apoio aos familiares da vítima, confira:

“A empresa Moonlight vem por meio desta nota expressar sua profunda consternação em relação ao ocorrido na madrugada do dia 28/05/23. A segurança e o bem-estar de nossos clientes são de extrema importância para nós, e repudiamos veementemente qualquer conduta que vá contra esses princípios.

Nesse sentido, informamos que os seguranças envolvidos na situação foram imediatamente afastados de suas funções, enquanto aguardamos os desdobramentos das investigações. A Moonlight está colaborando plenamente com as autoridades competentes, fornecendo todas as informações e recursos necessários para esclarecer os fatos e garantir que a justiça seja feita.

Ressaltamos que a atitude desses seguranças não reflete os valores e padrões éticos estabelecidos pela Moonlight. Repudiamos qualquer forma de violência e garantimos que serão tomadas as medidas necessárias para evitar que situações semelhantes ocorram novamente em nosso estabelecimento.

Além disso, queremos enfatizar que estamos igualmente preocupados com o bem-estar dos familiares da vítima. Estamos disponíveis para prestar todo o suporte necessário nesse momento difícil, oferecendo apoio emocional e auxílio prático para amenizar o impacto dessa trágica ocorrência.

Reiteramos nosso compromisso com a segurança e o respeito aos nossos clientes. A Moonlight está empenhada em promover mudanças efetivas e aprimorar ainda mais nossos protocolos de segurança, garantindo um ambiente acolhedor e seguro para todos.

Agradecemos a compreensão da comunidade e reafirmamos nosso compromisso com a transparência e a justiça.”

AGUARDAVA PENSÃO POR INVALIDEZ

Daiane morava em Tupãssi com a mãe e não tinha filhos. Segundo a família, ela tinha problemas psicológicos e aguardava, no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a realização de uma perícia para receber pensão por invalidez.

A irmã de Daiane conta que ela saiu de Tupãssi na última terça-feira (23) e foi para Cascavel a passeio.

O sepultamento da jovem está marcado para 14h de segunda-feira (29), no cemitério municipal da cidade em que morava.

A PM informou que, segundo relatos, a jovem estava alcoolizada e tentava entrar na boate seminua. A polícia não disse se ela estava desacordada quando foi atropelada.

A identidade das pessoas envolvidas na briga não foram divulgadas.

Veja o vídeo de como os fatos aconteceram:

SEGURANÇA SE APRESENTA NA DELEGACIA

A polícia ouviu, na segunda-feira (29), as cinco testemunhas que fizeram sinal para o carro parar e vai ouvir, também, o homem que começou as agressões.

Um dos investigados na morte da jovem compareceu à delegacia da GDE (Grupo de Diligências Especiais) Polícia Civil de Cascavel, durante a manhã, para se apresentar. Ele estava acompanhado da advogada. 

Segundo informações, trata-se de um dos seguranças da boate onde o conflito começou. As oitivas do caso aconteceram durante a tarde. Por isso, o segurança retorna à delegacia às 16 horas para prestar depoimento. Ainda será confirmado se ele prestará o depoimento para a Delegacia de Homicídios ou para o GDE.

Imagem de Capa
FOTO: CATVE

POLICIAL PENAL ENVOLVIDO

Um polícia penal de Cascavel está envolvido no caso. O servidor foi afastado das funções e um procedimento administrativo instaurado. O nome do acusado não foi divulgado. 

Em nota a Polícia Penal do Paraná informou que ao tomar conhecimento afastou um policial penal de Cascavel até que os fatos sejam esclarecidos.

Ainda conforme relatado, a PPPR não teve acesso ao inquérito que investiga a situação, mas vai contribuir com as autoridades. Um procedimento administrativo também será instaurado para apurar a conduta.

Nas imagens de câmeras de segurança é possível ver três envolvidos próximo a vítima. Ainda não se sabe qual desses homens é o policial.

Confira a nota da Polícia Penal na íntegra:

“A Polícia Penal do Paraná (PPPR), ao tomar conhecimento da participação de um policial penal, de Cascavel, no caso ocorrido na madrugada deste domingo (28), onde Daiane de Jesus Oliveira, de 28 anos veio a óbito, afastou imediatamente o servidor das funções até que os fatos sejam esclarecidos.

A PPPR ainda não teve acesso ao inquérito que apura os fatos, mas vai contribuir com as autoridades que investigam o caso. Nossa corporação lamenta profundamente o ocorrido e se solidariza com familiares e amigos da jovem.

O trabalho da PPPR é pautado pelo respeito ao próximo, pelo compromisso com a segurança pública e com a sociedade. Repudiamos veementemente atos de violência e ações isoladas não condizem com os princípios da Polícia Penal do Paraná e serão apuradas com rigor. 

Um procedimento administrativo, instaurado pela corregedoria da PPPR, vai apurar a conduta e as responsabilidades do policial penal.”

O QUE SE SABE ATÉ AGORA

Segundo o delegado Diego Martins do GDE (Grupo de Diligências Especiais), os trabalhos seguem para identificar todos os envolvidos. São investigadas os três que estavam em frente a boate, que aparecem nas imagens, e o condutor do Golf.

A casa noturna se comprometeu a identificar e qualificar esses profissionais.

Ainda conforme informado, é apurado se houve alguma conduta culposa do motorista. A propriedade do veículo foi identificada, mas quem conduzia o automóvel no momento do acidente não.

Sobre o motivo da situação e discussão, o delegado explica que são necessárias as oitivas dessas pessoas para saber o que de fato aconteceu no local. Imagens internas da casa noturna também já foram solicitadas.

Testemunhas que estavam na rua Paraná, foram intimadas para que possam prestar depoimento sobre a situação no local, diálogos e o estado em que se encontrava a vítima.

A família da vítima também deve ser ouvida para que dados como local de moradia, problemas de saúde e o que ela fazia no local sejam repassados.

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