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Saúde

Vacina bivalente reduz em 68% risco de morte de idosos por Covid-19 em estudo

Pessoas imunizadas apresentaram risco 72% menor de hospitalização e 68% menor de morte pela doença

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Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil
Rui Barbosa

Desde setembro de 2022, as vacinas bivalentes de mRNA – que contêm elementos da cepa original do Sars-CoV-2 e um componente atualizado da variante ômicron – passaram a substituir os reforços monovalentes em diversos países. Essa mudança teve como objetivo ampliar a imunidade contra as subvariantes do coronavírus.

Assim, de forma a atestar a eficácia da vacina bivalente produzida pela Pfizer, pesquisadores de Israel acompanharam quase 570 mil idosos. Os resultados encontrados foram publicados no The Lancet Infectious Diseases e serão apresentados na próxima segunda-feira (17) no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas.

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“A vacinação continua sendo a principal ferramenta para evitar a Covid-19 grave”, aponta o coautor do estudo, Ronen Arbel, em comunicado à imprensa. Na comparação com pessoas de 65 anos ou mais que não tomaram a dose de reforço, aqueles que o fizeram tiveram um risco 72% menor de hospitalização e 68% menor de morte relacionadas à doença.

Impactos da imunização bivalente

Entre setembro de 2022 e janeiro de 2023, 569.519 participantes foram acompanhados. Desses, 134.215 (24%) receberam uma dose de reforço com a vacina bivalente durante o período do estudo. Entre os vacinados, 32 foram hospitalizados. Já entre os indivíduos não imunizados, 541 precisaram ser internados por complicações da Covid-19.

Calculou-se, então, que o risco ajustado para hospitalizações nos que tomaram o reforço de mRNA bivalente foi de 0,035% contra 0,124% dos que não se imunizaram. Isso significa que uma internação pela doença foi evitada a cada 1.118 pessoas vacinadas.

Da mesma forma, o risco ajustado de morte por Covid-19 foi de 0,013% nos que tomaram a bivalente versus 0,040% nos que não a receberam. Tal dado representa uma redução absoluta de 0,027% nas fatalidades, ou seja, uma morte evitada para cada 3.722 pessoas imunizadas.

Apesar dos resultados positivos, os autores observam que o estudo tem algumas limitações. Entre elas, o uso apenas da vacina bivalente da Pfizer, que generaliza os resultados para outras vacinas bivalentes, e a ausência de uma comparação direta entre os imunizantes bivalentes e monovalentes, uma vez que ambas não foram administradas ao mesmo tempo em Israel durante o período do estudo. Por isso, outros estudos devem ser conduzidos.

“Nossos resultados sugerem que a dose de reforço da vacina de mRNA bivalente está associada a um risco reduzido de resultados graves de Covid-19 em adultos com 65 anos de idade ou mais. Nossas descobertas destacam a importância da vacinação de reforço bivalente em populações com alto risco e a necessidade de aumentar os esforços para incentivar as pessoas elegíveis a serem vacinadas”, conclui Arbel.

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