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Sua roupa pode demorar 200 anos para se decompor; veja como fazer escolhas melhores ao se vestir

Não é só o preço a origem de uma peça de roupa também conta ou pelo menos deveria na hora da compra

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Foto: Profissão Repórter
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Tecidos sintéticos x fibras naturais

O pesquisador Diego Follmann, da Universidade Federal de Santa Maria, explica que o petróleo é um composto que está inativo no meio ambiente. O problema das roupas sintéticas é que, ao produzir um tecido derivado desse combustível fóssil, o petróleo volta para a natureza e pode levar séculos para se decompor.

” Os derivados de petróleo não têm um ciclo de retorno”, completa. No caso das fibras naturais, produzidas a partir de plantas, os materiais voltam de onde vieram:

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“Elas vão se decompor e retornar para o meio ambiente. Nesse caso é considerado um produto sustentável”, destaca o pesquisador.

poliéster (derivado do petróleo) pode demorar 200 anos para se decompor. Já uma roupa de algodão, uma fibra natural, entre cinco meses e 20 anos.

Segundo o Relatório da Indústria Têxtil Brasileira (2022), o consumo mundial de fibras químicas cresce 5,2% ao ano e corresponde a quase 73% do total. Já o consumo de fibras naturais aumenta em ritmo menor: 3,6% ao ano.

As fibras químicas são divididas entre sintéticas (derivadas do petróleo) e artificiais, produzidas a partir da celulose, como é o caso da viscose.

Entenda o fast fashion (moda rápida)

  • Roupas mais baratas;
  • Produção em tempo recorde e em larga escala;
  • Baixa qualidade das roupas;
  • Uso de tecidos sintéticos, derivados do petróleo, como o poliéster e o náilon;
  • Roupa sai de moda rapidamente e logo é descartada;
  • Pode estar associado a casos de mão-de-obra análoga à escravidão.

Slow fashion (moda lenta)

  • Maior ciclo de vida do produto;
  • Melhor qualidade e menor quantidade;
  • Roupa tem custo maior;
  • Uso de tecidos de fibras naturais, como o linho e o algodão;
  • Respeito às condições de trabalho.

Para incentivar a sustentabilidade na moda, a estilista Isa Isaac Silva explica que o cuidado começa na escolha pelos fornecedores da matéria-prima.

“Eu busco sempre tecidos nacionais, vindos de empresas sérias e que tenham responsabilidade ambiental, com trabalho humanizado”, conta a estilista.

Ela também opta por fibras naturais como o algodão, o linho e a seda. E durante a produção das roupas há um cuidado para evitar o desperdício: “A gente busca o mínimo descarte de lixo, tudo precisa ser reaproveitado”, detalha.

Fibras naturais são menos prejudiciais ao meio ambiente. — Foto: Mel Poole / Unsplash

Fibras naturais são menos prejudiciais ao meio ambiente. — Foto: Mel Poole / Unsplash

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