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Agronegócio

Grãos: safra 2022/2023 vai superar 310 milhões de toneladas

Apesar das adversidades climáticas na Região Sul, safra brasileira deve bater novo recorde de produção

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PxHere/Reprodução
Rui Barbosa

O agronegócio brasileiro deve colher 310,6 milhões de toneladas de grãos, segundo última estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A queda de produção provocada pela estiagem pelo terceiro ano consecutivo no Sul do Brasil vai ser compensada pelo clima favorável no Centro-Oeste, de acordo com o órgão.

O resultado representa um crescimento de 38,2 milhões de toneladas (14%) frente à temporada 2021/2022. A área plantada deve aumentar 3%, enquanto a produtividade será de 10,1% na média nacional. Os Estados do Centro-Sul, no entanto, deverão ter uma melhoria ainda maior na produtividade, alcançando 12,4%, projetou a Conab.

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Em 2023, o Brasil deve subir para a terceira posição na produção mundial de grãos, ultrapassando a Índia, apontou a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Os brasileiros continuaram sendo os maiores produtores de soja, respondendo por um terço do volume mundial, e o segundo maior exportador de grãos.

Milho

No cenário global, o volume de milho produzido deve ser de 1,1 bilhão de toneladas em 2022/2023, um recuo de 4,9% em relação à safra anterior, conforme previsão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A redução se deve à menor produção nos Estados Unidos e na União Europeia, especialmente na Ucrânia.

No Brasil, a produção de milho deve ser de 123,7 milhões de toneladas, um aumento de 9,4% frente ao ciclo anterior. O estresse hídrico e as temperaturas elevadas que vêm provocando uma quebra de safra no Rio Grande do Sul. Os milharais também enfrentam uma infestação de cigarrinhas-do-milho, o que vem derrubando a produtividade no Estado.

Por outro lado, as condições climáticas no Centro-Oeste e no MATOPIBA têm sido favoráveis para o desenvolvimento das lavouras de milho de primeira safra, que devem produzir um volume de 26,4 milhões de toneladas em todo o País – uma alta de 5,7% frente ao ano anterior. A estimativa para a segunda safra é de 94,9 milhões de toneladas, representando um crescimento de 10,6%.

Soja

Colheita de soja já começou, mas segue em ritmo mais lento que safra anterior. (Fonte: Tom Fisk/Pexels/Reprodução)
Colheita de soja já começou, mas segue em ritmo mais lento que safra anterior. (Fonte: Tom Fisk/Pexels/Reprodução)

Já a expectativa para a soja é de um incremento de 8,4% na produção mundial em comparação ao ciclo anterior. O volume do grão deve passar de 358,1 milhões de toneladas em 2021/2022 para 388 milhões de toneladas em 2022/2023, embora as projeções para os Estados Unidos, segundo maior produtor do grão, seja de queda de 4,2%.

A alta mundial será puxada pelo Brasil. O País espera aumentar a área plantada em 4,4%, saindo de 41,4 milhões de hectares no ciclo anterior para 43,3 milhões de hectares na temporada atual. Somados a elevação da produtividade média em 16,6%, o volume brasileiro de soja deve alcançar 152,8 milhões de toneladas em 2022/2023, uma alta de 21,8%.

O plantio está quase completo, com apenas algumas áreas do Maranhão e Rio Grande do Sul restando ser semeadas. O desenvolvimento das lavouras brasileiras é considerado satisfatório, exceto nas plantações gaúchas, que enfrentam uma estiagem severa. A colheita está abaixo do ritmo do ano passado, com apenas 5,2% das áreas, devido ao excesso de chuva.

Outras culturas

O Brasil deverá ter uma redução na produção de feijão e arroz nessa safra, prevê o Conab. Serão 10,1 milhões de toneladas produzidas de arroz em 2022/2023, um recuo de 10,2% frente às 10,7 milhões de toneladas colhidas na temporada anterior. O feijão terá uma redução de 0,2%, ficando em 2,9 milhões de toneladas produzidas, puxada por uma queda de 5,6% na segunda safra do grão.

O algodão, tanto em caroço quanto em pluma, devem crescer. Respectivamente, são estimadas 4,3 milhões de toneladas (alta de 16,7%) e 3 milhões de toneladas (19,2%). O sorgo terá um crescimento de 3,4% e volume produzido de 3 milhões de toneladas. O amendoim deve ter um avanço de 12,6%, com 841 mil toneladas colhidas.

Fonte: Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)

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