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Blumenau tem volta às aulas com salas vazias, professor que apoiou ataque é afastado e governador de SC anuncia reforço policial

Pelo menos quatro colégios não receberam nem metade dos estudantes matriculados

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FOTO: Patrick Rodrigues/NSC Total
Velho Oeste

O primeiro dia de aulas após o ataque que matou quatro crianças em um centro de educação de Blumenau, em Santa Catarina, foi de salas praticamente vazias em escolas estaduais da cidade. Após a suspensão por causa do massacre, o retorno às atividades nesta segunda-feira (10) deixou claro o medo de pais e alunos. Pelo menos quatro colégios não receberam nem metade dos estudantes matriculados.

Na escola Elza Pacheco, na Vila Nova, a Polícia Militar acompanhou a entrada dos alunos no começo do dia para dar mais segurança às crianças e aos profissionais. Em sala de aula, porém, poucos estudantes. São, aproximadamente, 350 crianças e adolescentes por período na unidade, mas o que se viu neste começo de semana foi cerca de 60, segundo uma funcionária.

Charles Pinturas

Reforço policial

(Foto: Paulo Batistella/NSC)

O governador Jorginho Mello (PL) anunciou, nesta segunda-feira (10), que cada escola pública estadual de Santa Catarina passará a ter um profissional armado. A medida será implementada em até 60 dias e deverá contemplar 1.053 unidades.

No entanto, ação ainda precisa ser aprovada em forma de lei.

“Podemos chamar policiais aposentados que têm experiência, credibilidade, que conhece o bairro e escola. Vamos recrutar policiais militares, civis e Bombeiros Militares para que possam ir fardados, com colete e armados nas escolas. Onde a criança tiver eles precisam ficar juntos”, explicou Jorginho Mello.

Ainda de acordo com o governador, a inclusão dos agentes deve custar R$ 70 milhões anuais aos cofres públicos.

De acordo com a SED (Secretaria de Estado da Educação), o texto do projeto de lei ainda não foi escrito. Além disso, ainda não tem um prazo para ser encaminhado para a Alesc (Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina) pois foi uma ação que “nasceu” em uma reunião no último domingo (9).

Professor afastado

Já o professor de Joinville, que apoiou o ataque a creche de Blumenau, foi afastado dos trabalhos pela Secretaria de Estado da Educação (SED), também nesta segunda-feira (10).

Além disso, um processo foi instaurado para apurar a conduta do profissional. Ele foi denunciado por pais e alunos da escola estadual Georg Keller por comentários violentos e preconceituosos. 

O professor usou uma aula do primeiro ano do ensino médio para comentar a tragédia que atingiu Blumenau. De acordo com um vídeo gravado por estudantes, o docente diz que “mataria uns 15,20, entrar com dois facões, um em cada mão e pá, passar correndo e acertando”.

O professor também tem o hábito de criticar a aparência dos alunos e fazer piadas ofensivas, além de praticar xenofobia contra alunos venezuelanos. “Além de intolerância religiosa com alunos, xinga as crenças deles”, acrescenta um estudante.

Vigília feita à pré-escola particular Cantinho Bom Pastor em Blumenau, Santa Catarina, reuniu centenas de flores e desenhos feitos por outras crianças em homenagem às quatro vítimas de um homem de 25 anos que invadiu a creche e matou quatro crianças -  (crédito: Anderson Coelho / AFP)
Vigília feita à pré-escola particular Cantinho Bom Pastor em Blumenau, Santa Catarina, reuniu centenas de flores e desenhos feitos por outras crianças em homenagem às quatro vítimas de um homem de 25 anos que invadiu a creche e matou quatro crianças – (crédito: Anderson Coelho / AFP)

*com informações de NDMais, NSC Total e Correio Brazilienze,

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