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Coreia do Sul quer aumentar semana de trabalho para 69 horas

Governo alega que medida seria benéfica para trabalhadores e ajudaria a aumentar taxa de natalidade do país

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FOTO: Jung Yeon-je / AFP
Velho Oeste

Enquanto uma boa parte do mundo ocidental começa a reconhecer os benefícios de reduzir a carga de trabalho para quatro dias por semana, o governo da Coreia do Sul propõe exatamente o contrário: quer aumentar a jornada dos trabalhadores para até 69 horas semanais.

Uma reforma trabalhista, apresentada esta semana em Seul, acabaria com o atual limite de 52 horas de trabalho –40 horas regulares mais até 12 horas-extras semanais–, criado em 2018.

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O governo diz que o aumento de até 17 horas de trabalho por semana será “benéfico” para os trabalhadores e vai ajudar a aumentar a taxa de natalidade do país, a mais baixa de todo o mundo.

Segundo o ministro do Trabalho coreano, Lee Jung-sik, as novas regras vão permitir que os trabalhadores acumulem mais horas extras em troca de folga mais tarde.

Ou seja, as pessoas que desejam fazer pausas mais longas, como pais ou cuidadores, poderiam fazê-lo. No futuro, claro.

Com isso, o governo espera que os casais se programem, façam muitas horas-extras, para depois terem tempo livre quando planejarem ter filhos.

O Ministério do Trabalho disse que a proposta de reforma trabalhista faz parte dos esforços para trazer mais flexibilidade ao mercado e “melhorar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional”.

Isso num país conhecido pela pressão dos empregadores para que os funcionários se entreguem sempre mais, e pela cultura de excesso de trabalho.

Os sindicatos do país, no entanto, são muito críticos às reformas propostas.

“Isso tornará legal trabalhar das 9h00 à meia-noite por cinco dias seguidos. Não há consideração pela saúde e descanso dos trabalhadores”, disse a Confederação Coreana de Sindicatos em um comunicado.

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