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Política

“Bagunça política se sobrepôs a benefícios econômicos que o Brasil poderia ter”

Falta de sincronia dos ciclos econômicos dos países está tornando o cenário macro mais complexo

Publicado

em

(Exame/Site Exame)
Rui Barbosa

A falta de sincronia dos ciclos econômicos dos países está tornando o cenário macro mais complexo, mas também cria uma oportunidade para o Brasil, que o país não está conseguindo aproveitar, segundo o gestor de fundos gestor de fundos multimercado e de previdência da Verde Asset, Luiz Parreiras.

“O que seria um ciclo econômico com coisas positivas no Brasil por se beneficiar [da reabertura] da China e por ser o primeiro país a subir os juros e poder ser o primeiro a começar a cair, vem a bagunça do ciclo político e se sobrepõe”, afirmou em entrevista ao Clube EXAME Invest.

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Por isso, diz Parreiras, os preços dos ativos na bolsa estão tão descontados, que reflete a falta de confiança do empresariado. “Não é à toa que a nossa bolsa está fraca e é uma das piores bolsas do mundo.”

Segundo Parreiras, a atividade econômica brasileira é altamente afetada pelos ciclos de outras economias, em especial Estados Unidos e China. E cada um está, agora, num momento. Nos Estados Unidos, segundo ele, o ciclo de aperto monetário já está se aproximando do fim, com a inflação mais controlada. Na Europa, chegou-se ao meio. E, na China está só começando, dado que o país reabriu agora suas atividades. “Em algum momento esses ciclos vão se resincronizar, mas não está claro se será em 2024 ou 2025.”

Não é a primeira crise bancária e não será a última

Segundo Parreiras, tem mais bancos candidatos a serem os novos Silicon Valley Bank (SVB). “Tem mais gente com problema, mas é difícil reproduzir o Silicon Valley”. Isso, porque, segundo o gestor, ele tinha dois problemas muito únicos: tinha feito muita besteira do lado do passivo e tinha um lado do ativo extremamente concentrado. “Nenhum outro banco tinha essa combinação tóxica. Disto isso, todos os bancos médios vão ficar mais reticentes.”

Parreiras diz que se coloca no meio campo entre os que descartam uma crise bancária mais grave e quem aposta em uma nova crise estilo 2008. “Essa crise lembra muito mais o que aconteceu em 2000/2001 do que propriamente em 2008”.  Segundo ele, tem pouco risco de dívida na turbulência que se vê agora.

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