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Copagril faz alerta para o controle de pragas iniciais nas lavouras de milho

A lagarta do cartucho é a principal praga da cultura do milho

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FOTO: Reprodução
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Com o avanço na colheita da soja, iniciou-se em nossa região o plantio do milho safrinha. O manejo das pragas iniciais que atacam essa cultura exige atenção especial, para que o produtor não tenha prejuízos com os danos que elas possam vir a causar.

Dessa maneira, deve-se conhecer as pragas de maior potencial de danos, para que estas não interfiram na manutenção do número de plantas por hectare. Entre tais pragas, podemos destacar o percevejo, a lagarta do cartucho e a cigarrinha do milho.

Dr Guilherme Dentista

Com relação aos percevejos, têm-se verificado a ocorrência, com severidade, dos percevejos da soja, que após a colheita, permanecem no solo e se alimentam das plantas jovens do milho, podendo causar redução do número de plantas por unidade de área. Quando o ataque ocorre em plantas mais desenvolvidas, e a planta não morre, é comum o aparecimento de perfilhos improdutivos, além da planta apresentar um crescimento retardado. O controle desses insetos pode ser através de tratamento de sementes ou por aplicações posteriores de inseticidas. Quando o controle é realizado após a emergência do milho, é preciso estar atento ao momento mais adequado para efetuar a pulverização. Pulverizações atrasadas, ou seja, depois dos 10 a 15 dias de idade da planta, pode reduzir a eficácia do controle. Neste caso, mesmo havendo o controle do percevejo, não se impede o aparecimento de danos, pois a toxina que o inseto injeta já está na planta, sendo que os danos aparecem alguns dias depois. O ideal é plantar com semente já tratada com inseticida, e que seja feito ao menos uma aplicação pós-plantio, logo nos primeiros dias da emergência do milho, pois caso a população de percevejos esteja elevada, esses poderão causar danos, pois precisam realizar a picada de prova para serem contaminados com inseticida do tratamento de semente.

A lagarta do cartucho é a principal praga da cultura do milho, por sua ocorrência generalizada e por atacar todos os estágios de desenvolvimento da planta. As larvas da lagarta recém eclodidas, iniciam sua alimentação pelas partes mais tenras das folhas, deixando um sintomas de dano característico, pois se alimentam apenas da parte verde sem causar furos, ou seja, raspam as folhas. Com o desenvolvimento da praga, começam a se alimentar do cartucho do milho, caso não seja efetuado o controle. Esse controle é efetuado na fase inicial da planta e também nas plantas mais desenvolvidas, conforme o ataque das pragas, sendo que, o melhor controle ocorre quando as pragas estão na fase jovem de desenvolvimento. Os produtores que realizam o plantio de milho BT, deve também ficar atento ao ataque desta praga, uma vez que a presença desta praga em grande quantidade poderá causar dano, não sendo suficiente somente o controle da transgenia do milho, devendo ser aplicado inseticida para o controle da mesma.

E por fim, considerada por muitos a praga mais temida do milho atualmente, a cigarrinha do milho se destaca pelos danos indiretos ocasionados na cultura, mais especificamente para transmissão do complexo de enfezamentos. Os enfezamentos são doenças causadas por microrganismos denominados molicutes, como elevada capacidade em causar danos em plantas de milho, podendo até mesmo, comprometer a produção dependendo do estágio em que a planta é infectada.

A cigarrinha do milho é o principal vetor da transmissão dos enfezamentos, sendo o milho, a principal planta hospedeira da praga. Logo, medidas de manejo como o controle de plantas de milho voluntárias (milho tiguera), podem contribuir para a redução populacional da praga. Contudo, nem sempre práticas de manejo alternativas são suficientes para o controle da cigarrinha do milho, sendo necessário intervir por meio do controle químico, utilizando inseticidas. Atualmente, ainda não há nível de ação pré-estabelecido para controle da cigarrinha-do-milho, sendo avaliado para isso, a presença ou ausência da praga na cultura, especialmente durante o período crítico de infecção (de V1 a V5).

Por isso amigo agricultor, para garantir sua produtividade, não deixe de efetuar o monitoramento da cultura e controle dessas pragas se necessário. Para isso, a assistência técnica da Copagril está a disposição para melhor orientá-lo. Procure o engenheiro agrônomo da sua região e tire suas dúvidas.

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