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Risco de novas variantes e de falta de insumos médicos: como a onda de Covid na China pode afetar o Brasil

Casos de Covid na China subiram após o fim da política de Covid zero, imposta pelo governo desde 2020 para tentar eliminar a transmissão do vírus entre os cerca de 1,4 bilhão de habitantes do país.

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Foto: China registra duas primeiras mortes por Covid-19 desde o começo de dezembro
Velho Oeste

O mundo começa a ficar atento e preocupado diante do cenário de uma onda de Covid-19 na China. As exatas proporções do surto entre os cerca de 1,4 bilhão de chineses são desconhecidas, mas a explosão de casos já causa superlotação em hospitais e mortes.

A quantidade de infectados aumentou após o fim da política Covid zero, conjunto de restrições imposto pelo governo chinês desde 2020 para tentar eliminar a transmissão do vírus entre a numerosa população do país.

Dr. Pedro Wild

O que explica a explosão de casos? Segundo infectologistas ,

  • Flexibilização das restrições, o que permite maior mobilidade e mais pontos de aglomeração;
  • Baixa cobertura vacinal das doses de reforço e entre os idosos.

Quais os principais efeitos que a explosão da Covid pode causar no mundo?

A situação pode trazer impacto sanitário e econômico em outros países, como no Brasil;

  • A principal preocupação é sobre o risco do surgimento de novas variantes mais transmissíveis e que escapem da proteção que as atuais vacinas dão para casos graves da doença;
  • Risco de falta dos mais diversos tipos de insumos (incluindo material hospitalar e medicamentos) produzidos pela China e exportados para todos os continentes.

Falta transparência: cenário incerto na China

De acordo com a agência de notícias RFI, quase um terço da população de Pequim está com suspeitas de estar com o coronavírus – isso significa que 22 milhões de pessoas podem estar infectadas. Além disso, há relatos de lotação em hospitais e sobrecarga em necrotérios e crematórios.

“Estamos acompanhando com muita, mas muita apreensão”, diz o médico Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

“O que está acontecendo na China seria muito parecido com o que aconteceu no Brasil no pico da variante gama (início de 2021). Só que, na população chinesa, não se conta aos milhões, se conta aos bilhões”, afirma.

Nos dados disponíveis de forma pública pelo governo chinês, o cenário é outro – o motivo, segundo especialistas, é a falta de transparência. Na segunda-feira (19), foram confirmadas oficialmente as duas primeiras mortes por Covid desde o começo do dezembro, quando começaram as flexibilizações que estavam em vigor há quase três anos.

De acordo com a Rede Análise Covid-19, com base no monitoramento do Our World In Data:

  • China chegou a registrar mais de 71,3 mil casos de Covid em 29 de novembro;
  • Dado mais recente disponível é de 13 de dezembro, com 7,1 mil casos no dia;
  • Duas mortes após o fim da Covid zero foram registradas em 3 de dezembro; desde então, não há dados disponíveis.

Milhões de mortes: previsões para a China

Cientistas projetam que a China tenha de 1 a 2 milhões de mortes por Covid por conta do fim das restrições e pela falta de atendimento à população.

  1. Em maio, cenário com a possibilidade de mais de 1,5 milhão de mortes foi divulgado em estudo na revista científica “Nature Medicine”; pesquisadores projetaram um aumento de 15 vezes na demanda por atendimento em UTI.
  2. Para Zhou Jiatong, chefe do Centro de Controle de Doenças de Guangxi, que fica ao sul da China, a possibilidade é de que 2 milhões de pessoas morram de Covid no país na nova onda.
  3. Já um estudo da Universidade de Hong Kong prevê que a China registre cerca de 1 milhão de mortes depois do fim das restrições sanitárias.

Com Informações G1

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