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Vídeo: Esposa que matou homem e colocou corpo em freezer confessa crime “Não queria que ele sofresse… Me sinto livre”

Mulher está presa temporariamente e alega ter sido ameaçada de morte antes de agir

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Claudia Tavares Hoeckler confessou ter matado o marido Valdemir Hoeckler. Após cometer o crime, ela escondeu o corpo no freezer | Imagem: Reprodução
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A esposa do homem encontrado morto dentro de um freezer em Lacerdópolis, no Oeste catarinense, confessou o assassinato à polícia nesta terça-feira (22), segundo o delegado Gilmar Antônio Bonamigo.

Ela foi presa temporariamente na segunda-feira (21) em Joaçaba, na mesma região. A polícia disse que ela agiu sozinha.

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Na delegacia, a professora Claudia Tavares Hoeckler, 40 anos, contou que queria sair com as colegas de trabalho para a confraternização de fim de ano em uma pousada de Abdon Batista, na Serra catarinense, mas que foi proibida pelo marido. Também alegou ter sido ameaçada de morte por ele antes de decidir agir.

O corpo de Valdemir Hoeckler, 52 anos, foi achado na noite de sábado (19), na residência em que o casal vivia. Ele estava desaparecido desde o dia 15, data em que a mulher registrou o desaparecimento.

“Faltam apenas algumas diligências. Neste momento, a confissão dela atendeu a expectativa de interrogatório. Serão feitas novas diligências complementares agora, aguardando os laudos [do corpo] para posterior investigação”, esclareceu Bonamigo.

Três dias após comunicar o sumiço do marido, na sexta-feira (18), a mulher foi à delegacia prestar depoimento. Na ocasião, conforme o delegado, não era considerada suspeita. No entanto, os policiais perceberam ferimentos pelo corpo dela, “possivelmente de uma luta corporal”, e solicitaram exame de corpo de delito. Ao sair da delegacia, a mulher fugiu.

Agiu sozinha

Segundo a Polícia Civil, a suspeita afirmou que agiu sozinha no homicídio.

“Contou que quando tomou a decisão entre escolher a vida dela ou a vida dele, resolveu matá-lo”, relata o investigador.

O advogado da suspeita, Marco Alencar, apontou que a morte foi motivada por supostos episódios anteriores de violência doméstica. “Para preservar sua vida, matou”, disse. Após a prisão dela, o defensor emitiu nota dizendo que a mulher “se entregou espontaneamente”.

Nota da defesa

“A defesa de Claudia Tavares Hoeckler esclarece que ela se entregou à polícia nesta segunda-feira e está à disposição da autoridade policial. O depoimento dela está marcado para amanhã. Cláudia se entregou espontaneamente mesmo sabendo que contra ela existia uma ordem de prisão.

Claudia foi ouvida na sexta-feira passada e respondeu a todas as indagações da autoridade policial — inclusive se submeteu a um exame de corpo de delito. É preciso esclarecer que ela também permitiu a entrada dos peritos à sua casa. Esse acesso seria realizando nesta segunda com a presença dela, mas a polícia acabou por ingressar na residência durante a noite de sábado, tendo encontrado o cadáver de Valdemir Hoeckler.

A defesa, por fim, esclarece que Cláudia, em momento algum, obstruiu, absolutamente, a ação das autoridades constituídas.

Marco Alencar, advogado de defesa”

Confissão

Claudia gravou uma confissão do crime, afirmando que teve uma “sensação de liberdade” após matar o marido.

“Eu vou agora cumprir minha pena, vou para cadeia, mas eu nunca me senti tão livre. […] Eu sinto que minha filha está mais segura. Não vai ter ninguém impedindo da gente se ver. Sei que vou parar de apanhar, não sei explicar, mas é uma liberdade”, disse, em entrevista ao Canal Beto Ribeiro, no Youtube.

“Não queria machucar ele. Não queria que ele sofresse. Era ele ou eu. Não tive opção.” 

Ela diz ser filha de uma garota de programa, ter sido criada por uma desconhecida nos primeiros anos de vida e engravidado na adolescência. Além disso, revela abusos sexuais supostamente cometidos pelo padrasto e o abandono do próprio pai.

Segundo Cláudia, ela já tinha feito um boletim de ocorrência contra Valdemir em 2019, mas voltou atrás por sentir medo e ser ameaçada.

“Uma vez, ele passou a noite inteira dizendo que iria me matar. Ele dizia que, se eu não obedecesse e não ficasse com ele, ele iria me matar.”

Em outro momento, Claudia relata: “As agressões aconteciam quase sempre no quarto. Eu sofria calada.”

Segundo a mulher, uma das discussões, tentou se jogar do carro em movimento. “Eu preferia morrer do que viver aquele inferno. Várias vezes eu quis morrer”, disse.

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