Agro gera duas novas vagas formais de trabalho a cada hora

O agro fechou mais de 3,5 mil vagas formais em outubro. Conforme o último levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o destaque é para o saldo positivo de empregos formais em alguns segmentos da atividade rural. A lavoura de soja, por exemplo, registrou 2385 vagas. A produção de cana-de-açúcar gerou 2894.

Mesmo com o sinal negativo do último relatório, a agropecuária foi geradora de empregos no acumulado dos dez primeiros meses deste ano. As admissões superaram as demissões em 105.091 vagas com carteira assinada no período. Foram contratadas 886.750 pessoas. Outras 781.659 foram dispensadas. Considerando o período de 12 meses encerrado em outubro, a atividade rural também contratou mais do que demitiu. O saldo positivo é de 28.378 vagas, sendo 991.915 pessoas admitidas e 963.537 demitidas.

Só no estado de Goiás, de acordo com o Caged, o campo tem gerado duas novas vagas formais de trabalho a cada hora. Candidatos com conhecimentos em tecnologia estão cada vez mais requisitados. O diretor de marketing da Urmobo, Thiago Carvalho, salienta que o  5G, uma das novidades do mercado, vem com a perspectiva de aumentar a produtividade no campo e ainda possibilitar muito mais emprego na área. Só entre 2021 e 2022, a procura aumentou em 300% na empresa. 

O setor aquecido, com mais gente trabalhando no campo e utilizando dispositivos móveis para operacionalizar as atividades, está fazendo com que as empresas coloquem mais aparelhos nas mãos dos funcionários. O grande desafio é manter a produtividade e manutenção correta desses dispositivos. “Perde-se muito aparelho celular, por exemplo, sobretudo no campo, por uso incorreto ou exposição ao sol, água e terra. As empresas querem reduzir esse desperdício e, além disso, elevar o compromisso ESG, reduzindo o lixo eletrônico”, explica. Outro dado em linha com esse compromisso e com a escalada na demanda por tecnologia, está o da consultoria em recrutamento Michael Page, que apontou o crescimento de 50% na busca por profissionais ESG no setor do agronegócio neste ano.

“A demanda de aplicativos aumentou, consideravelmente, nas nossas operações, nestes últimos anos”, explica Gerson Alves dos Santos, coordenador de TI da Alta Mogiana. “Precisávamos de auxílio para facilitar as atualizações dos aplicativos que usamos, todos os dias, internamente. Além de fazer o gerenciamento remoto dos dispositivos, deixando-os mais assertivos e adequados para o trabalho, conforme o previsto no termo de uso do colaborador”, completa.